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Notícias / França

'Discípulo' de Dominique Pelicot confessa ter cometido crimes contra a esposa

Francês de 63 anos confessou ter seguido os passos de Dominique Pelicot, que drogou a própria esposa durante anos para que outros homens a estuprassem

Redação Publicado em 18/09/2024, às 13h40

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Gisèle Pelicot, vítima de Dominique Pelicot - Divulgação/vídeo/Youtube
Gisèle Pelicot, vítima de Dominique Pelicot - Divulgação/vídeo/Youtube

O homem que seguiu a técnica de Dominique Pelicot para drogar e estuprar sua própria esposa admitiu, nesta quarta-feira, diante de um tribunal francês, que era um "estuprador" e declarou merecer um "castigo severo".

Jean-Pierre M., de 63 anos, afirmou no tribunal de Avignon, onde o julgamento está ocorrendo: "Estou na prisão e mereço isso. Fiz coisas nojentas. Sou um criminoso e um estuprador. O que fiz foi horrível, quero um castigo severo." As informações são da agência de notícias AFP.

Jean-Pierre é acusado de ter drogado sua esposa entre os anos de 2015 e 2018, usando ansiolíticos fornecidos por Pelicot, e de ter participado de abusos sexuais contra ela. Pelicot, o principal réu, admitiu na terça-feira que drogou sua então esposa, Gisèle Pelicot, para que ela fosse estuprada por dezenas de estranhos recrutados online entre 2011 e 2020.

Além de Pelicot e Jean-Pierre, outros 49 homens estão sendo julgados por participarem do crime, enfrentando penas de até 20 anos de prisão.

Embora Jean-Pierre não tenha sido diretamente acusado de estuprar Gisèle Pelicot, ele está sendo responsabilizado por ao menos 12 atos de abuso sexual contra sua própria esposa, muitos deles filmados, com Dominique envolvido em pelo menos 10 dessas ocasiões.

Abusos na infância

Em seu testemunho, Jean-Pierre revelou detalhes sombrios de sua infância marcada por abusos cometidos por seu pai. "Minha infância é vergonha, álcool, sexo e muito silêncio", relatou ele. "Vivemos atos horríveis do meu pai, de violência sexual. Nunca chamei meu pai de ‘pai’, mas de ‘o pai’."

De acordo com a AFP, o réu declarou que, certa vez, quando criança, teve de fazer sexo oral no pai para que ele e a irmã pudessem acompanhá-lo na pesca.

"Minha irmã chorou, eu preferi fazer isso sozinho. Estava mais acostumado" acrescentou o homem. "Nossa mãe tentou nos proteger, mas ela bebia."