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Notícias / Pré-História

Há 4.000 anos, um guerreiro teve seu crânio perfurado para curar uma dor de cabeça, indicam arqueólogos

Crânio encontrado na Europa também revela que a cannabis foi utilizada como anestésico para amenizar os impactos da trepanação

André Nogueira Publicado em 11/07/2019, às 08h00

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Divulgação
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A partir da análise de crânios pré-históricos da Moldávia, na Europa, arqueólogos revelaram que durante a Idade da Pedra, o guerreiro de uma sociedade produtora de machados passou pelo procedimento cirúrgico de trepanação (perfuração óssea) para a cura uma dor de cabeça. Pelas marcas, os cientistas afirmaram que o homem teria sobrevivido ao procedimento e vivido mais alguns anos.

Sergey Slepchenko, pesquisador no Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk, declarou que o mais provável anestésico usado na época era a cannabis. O crânio analisado, com mais de 4.000 anos, foi encontrado num campo de tiro da época stalinista, na região separatista de Transnístria, na Moldávia. As cavidades teriam sido feitas por raspagem com lâminas de bronze.

Local de enterramento do guerreiro / Crédito: Reprodução

São visíveis dois buracos no crânio, como resultado da cirurgia pré-histórica. No entanto, o método e suas razões não são tão claros assim. Cientistas da Moldávia acreditam que se trata de uma técnica para aliviar dores de cabeça ou curar hematomas cranianos. Ao mesmo tempo, também é apontado como uma forma de curar epilepsia ou livrar o guerreiro de maus espíritos.

Na Europa, crânios pré-históricos com esse tipo de cavidade são raros. Os pesquisadores não descartam a hipótese de que os buracos foram feitos em um caso de procedimento ritualístico, ao invés de cirurgia médica. Todavia, os indícios de sobrevivência do guerreiro apontam para a segunda opção.