Acusado de tráfico sexual e agressões, o rapper Sean Combs está detido no Centro de Detenção Metropolitano (MDC), conhecido como "o inferno na Terra"
Publicado em 26/09/2024, às 09h30
Na última semana, um assunto que vem dado o que falar nas redes sociais é a prisão do rapper Sean "Diddy" Combs, acusado de conspirar para extorsão e trágico sexual e agressões. Ele está detido no Centro de Detenção Metropolitano (MDC, na sigla em inglês), localizado no Brooklyn, sendo o local também conhecido como "o inferno na Terra".
Conforme repercute O Globo, a prisão já abrigou outros criminosos famosos, como o cantor R. Kelly, que foi condenado por pornografia infantil e extorsão, e hoje está preso lá o magnata das criptomoedas condenado por fraude, Sam Bankman-Fried.
Após a prisão, os advogados de Combs argumentaram que as condições do MDC eram "horríveis" para um réu que aguardava julgamento, o que chama atenção para o local. Uma estrutura de concreto que abriga cerca de 1200 presos, a prisão já possui um extenso histórico de reclamações, incluindo a morte do advogado de um detento em julho deste ano, e um apagão elétrico em 2019.
O MDC foi inaugurado ainda no início da década de 1990, e é usado principalmente para a detenção de pessoas que ainda aguardam julgamento. Porém, as condições do local são motivo para preocupação, para alguns advogados de Diddy.
Apenas em seu histórico recente, além do advogado morto em julho, outros dois detentos morreram por violência ali dentro somente neste ano; já nos últimos três anos, ao menos quatro pessoas cometeram suicídio. Ademais, também já passaram por lá seis funcionários que foram acusados de crimes, desde subornos a contrabando.
Atualmente, a defesa de Combs vem pressionando a promotoria para que seja realizado um julgamento rápido, para que a estadia do rapper na prisão seja "a mais rápida possível". Porém, o governo aponta que o caso de Diddy envolve uma "quantidade enorme" de evidências, além de muitas testemunhas, fotos, vídeos e mensagens de texto, o que pode atrasar um pouco mais o julgamento.
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"Minha opinião é que se o governo quiser prendê-lo e mantê-lo na cadeia, apesar de um enorme pacote de fiança e apesar de suas repetidas ofertas para se entregar, todos nós teremos que levar isso adiante com uma urgência sem precedentes", afirmou em declaração Marc Agnifilo, um advogado de Combs no caso.
