Um tribunal de Chipre considerou que o homem, na verdade, realizou o desejo da vítima
David Hunter, o britânico de 76 anos que sufocou sua esposa até a morte em 2021, foi liberto na última segunda-feira, 31, após ser inocentado de sua condenação de assassinato premeditado.
Vale mencionar que, previamente ao crime, o casal havia passado 56 anos juntos, tendo se conhecido ainda no ensino médio.
O homem havia passado 19 meses em uma prisão de Chipre, país do Oriente Médio, e teve sua acusação trocada para homicídio culposo, e o tribunal que o julgou considerou que sua sentença há havia sido cumprida neste período que ele passou detido.
Janice Hunter, a esposa falecida de David, foi diagnosticada com câncer de sangue em 2016, com seu estado de saúde apenas piorando ao longo dos anos. De acordo com sua filha, Lesley Cawthorne, a figura materna queria se livrar do sofrimento causado pela condição.
Esta era uma doença terminal que havia tirado a vida de sua irmã e a dor que ela sentia estava ficando cada vez pior. Ela queria morrer e queria que seu sofrimento acabasse", explicou, conforme repercutido pela revista People.
Devido a este contexto, o tribunal que julgou o britânico considerou que ele havia matado sua parceira "por amor" e a pedido dela.
"[David Hunter] agiu espontaneamente para acabar com a vida de sua esposa de mais de 50 anos quando ela implorou que ele o fizesse por causa da dor que ela sentia", afirmou um comunicado do time do Justice Abroad, que é um órgão de direitos humanos que oferece seus serviços para pessoas britânicas sendo julgadas no exterior.