O estado de conservação das sete lajes do piso, feitas a partir de pedras, impressionou os pesquisadores
Na Itália, arqueólogos investigavam um buraco que abriu na Praça Piazza della Rotonda, quando encontraram um antigo piso que data da época do Império Romano. O material é composto por um total de sete lajes feitas de matéria rochosa.
Obras realizadas na área em 1990 já haviam revelado para pesquisadores a possível presença de alvenaria antiga a cerca de 2,5 metros abaixo da superfície da praça. E de fato eles estavam certos.
Mais de duas décadas depois, as lajes do piso antigo impressionam pelo seu estado de conservação. "[Elas] emergem intactas, protegidas por uma camada de fino pozolano [um tipo de cimento]", disse Daniela Porro, superintendente especial de Roma em um artigo.
Não é a primeira vez que um buraco abre em Roma. Em janeiro deste ano, o jornal The Local informou que um prédio na cidade teve de ser evacuado e uma rua foi fechada após uma cratera se abrir próxima ao Coliseu.
A estimativa é que anualmente 30 buracos, fenômenos geológicos de subsidência, e outros colapsos similares aconteçam na cidade. Desde 2008, o número anual desses acontecimentos triplicou.
Segundo Porro, o surgimento de mais um buraco em Roma é mais uma prova do porquê dos romanos do período imperial se tornarem hidrólogos especializados em sistemas de canalização e retenção de água como túneis, cisternas, spas, banheiros, canais e aquedutos.
A Piazza della Rotonda, onde a cratera foi encontrada, fica em frente ao Panteão, um templo dedicado a todos os deuses romanos. O espaço foi alterado no século 2 d.C pelo Imperador Adriano, mesmo período em que o nível da praça foi elevado.