Durante viagem a Juiz de Fora, Bolsonaro discursou em igreja por mais de uma hora
Depois de ter dado algumas declarações recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou se defender de críticas de transfobia e homofobia relacionadas a uma delas. Na última quinta-feira, 14, o governante teria afirmado, em Imperatriz (MA), que ele e seus apoiadores querem que "o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda”.
Já nesta sexta-feira, 15, Bolsonarocontrariou o que a Constituição garante, durante sua viagem a Juiz de Fora, em Minas Gerais, e ressaltou que “as minoras têm que se adequar”.
Outro dia eu falei... A mãe quer que o Joãozinho continue sendo Joãozinho. Ah, declaração homofóbica... Meu Deus do céu. Porra... Onde nós iremos? Cedendo para as minorias... As leis existem, no meu entender, para proteger as maiorias. As minorias têm que se adequar”, disse o presidente.
A Constituição Brasileira, de 1988, proíbe qualquer tipo de discriminação, garantindo o direito de ser diferente sem que seus direitos de cidadania sejam violados. A lei visa atender ao bem-estar da sociedade no geral, incluindo as minorias, seja no âmbito municipal, estadual ou federal.
Bolsonarofez a declaração durante um culto evangélico da igreja Assembleia de Deus. Ele discursou por mais de uma hora e não possuía roteiro predefinido. Dentre os diversos temas abordados, estavam a pandemia de covid-19, economia, críticas ao adversário na eleição — o ex-presidente Lula — e considerações políticas sobre países sul-americanos.
Durante o discurso, em um dos trechos, ele utilizou o posicionamento da cantora Anitta como gancho: "Teve uma cantora esses dias que falou um montão de abobrinha... Vou tatuar isso e não-sei-o-que-lá, vou fazer aquilo... Falou de uma pessoa [Lula], estou dando maior apoião para você... Libera aí a maconha. E a garotada segue essas pessoas”.