Um incidente envolvendo um membro do júri pode ter influenciado na decisão dos demais
Os advogados da ex-namorada de Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, solicitaram um novo julgamento para sua cliente, que foi condenada por tráfico sexual no final de dezembro. De acordo com os envolvidos, um dos jurados revelou ter sido vítima de abuso sexual, o que teria influenciado os demais membros do júri.
No pedido, realizado na última quarta-feira, 5, a defesa cita um artigo do Daily Mail no qual um dos jurados confessa ter levado em consideração suas memórias de infância durante o processo. Os advogados apontaram esses comentários como "razões irrefutáveis para um novo julgamento".
"O jurado disse aos repórteres que revelou durante as deliberações que tinha sido vítima de abuso sexual e descreveu sua memória do evento. De acordo com o júri, essa revelação influenciou as deliberações e convenceu os outros jurados a condenar a senhorita Maxwell", escreveram os profissionais, conforme informações da AFP.
Segundo a agência de notícias o gabinete do procurador-geral de Manhattan sugeriu, após a solicitação, que o tribunal "conduzisse uma investigação" e propusesse uma "audiência" sobre o tema "em cerca de um mês". Para os promotores, é necessário apurar se a fala do homem se deu durante o processo de constituição do júri ou quando o julgamento estava em curso.
Maxwell foi considerada culpada de cinco acusações, sendo a mais grave a de tráfico sexual com seu ex-namorado, o bilionário Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão no ano de 2019.