Alguns entre os estadunidenses enfrentando processos criminais em decorrência do motim estão fazendo uma defesa singular
De acordo com a agência Reuters, 6 dentre os mais de cem acusados por envolvimento com o motim pró-Trump, que invadiu a sede do Congresso norte-americano no mês passado, buscaram responsabilizar o ex-presidente pelo ato.
O redirecionamento da culpa foi constatado através dos processos criminais que tem se desenvolvido como consequência do caso. Na defesa de Emanuel Jackson, por exemplo, um jovem de 20 anos de idade, que esteve presente na insurreição, ocorrem citações de frases ditas por Donald Trump em seu discurso anterior à invasão.
O político republicano teria orientado a multidão a "lutar como o inferno" e feito afirmações como "não vamos aguentar mais", isso tudo no contexto de sua negação à vitória de Joe Biden nas últimas eleições presidenciais.
"A natureza e as circunstâncias deste crime devem ser vistas através das lentes de um evento inspirado pelo presidente dos Estados Unidos", escreveu a advogada de Jackson, Brandi Harden, de acordo com a Reuters.
"O chefe do país disse: 'Gente do país, venha, diga às pessoas o que você pensa'. O pensamento lógico era 'ele nos convidou para descer'', argumentou ainda outro advogado, Michael Scibetta, que defende um estadunidense acusado de quebrar uma das janelas do Capitólio.