Embora os antigos egípcios sejam conhecidos principalmente por suas múmias e pirâmides, os retratos de Fayum também chamam atenção de arqueólogos
Publicado em 26/08/2024, às 09h42
Em 2016, arqueólogos egípcios iniciaram escavações onde, no passado, existiu a cidade de Filadélfia (atualmente na área de Gerza), ponto central de um projeto agrícola que buscava garantir alimento para o império durante o governo do faraó Ptolomeu II.
No decorrer dos estudos, foi descoberto uma série de múmias, papiros, cerâmicas e caixões, datados principalmente do período ptolomaico (305 a.C. - 30 a.C.) até a era romana (30 a.C. - 390 d.C.).
Além disso, também encontraram uma rara estátua de terracota da deusa Ísis-Afrodite em um caixão de madeira, e papiros escritos com um tipo de grafia cursiva egípcia mesclada com letras gregas, que ajudam a entender mais sobre as condições sociais, econômicas e religiosas dos habitantes da região no passado.
Porém, outros achados chamaram mais atenção: dois exemplares de retratos de Fayum. A descoberta foi divulgada pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito em 2022. Relembre!
+ Fayum: Conheça os impressionantes retratos dos antigos egípcios
Os chamados retratos de Fayum não são exatamente uma novidade arqueológica. Os primeiros já encontrados foram achados em 1911 por um arqueólogo inglês, que encontrou 146 exemplares em um cemitério da era romana no Egito.
Esses retratos em questão receberam esse nome por terem sido encontrado principalmente na área do Oásis de Fayum. Eles são retratos de múmias, representando em cores membros da nobreza ancestral em seus sepultamentos, estando entre as pinturas antigas mais detalhadas conhecidas até hoje, segundo a Super Interessante.
Infelizmente, a maioria das pinturas hoje já não está mais perto de suas respectivas múmias, tornando assim mais difícil a identificação dos rostos ali representados. Os retratos podem ser vistos em muitos museus, além de comporem acervos de vários colecionadores de antiguidades.
