Designer brasileiro, Cícero Moraes, utilizou técnicas avançadas para reconstruir o rosto da múmia egípcia conhecida como 'mulher que grita'
Um mistério arqueológico de 3,5 mil anos ganha nova vida graças ao trabalho do designer brasileiro Cícero Moraes. Ele utilizou técnicas de reconstrução forense para revelar a possível aparência da "mulher que grita".
A múmia, descoberta em 1935, tem intrigado especialistas por sua expressão de agonia, provável resultado de um espasmo cadavérico, sugerindo uma morte violenta e traumática.
Cícero, conhecido por suas habilidades em reconstrução facial, baseou-se em exames de imagem, fotografias e dados detalhados fornecidos pelas arqueólogas Sahar N. Saleem e Samia El-Merghani para criar uma face 3D da múmia.
Utilizando um software de modelagem tridimensional, ele ajustou as proporções anatômicas do crânio e aplicou uma técnica de "deformação" digital para aproximar o máximo possível as características faciais da mulher.
Apesar das limitações intrínsecas ao uso de dados secundários, o designer ressalta que a reconstrução é uma projeção informada, proporcionando uma ferramenta valiosa para o estudo e a popularização da arqueologia entre o público geral. As imagens foram publicadas na revista OrtogOnLineMag, proporcionando uma nova perspectiva sobre a vida e a morte desta mulher egípcia.
A "mulher que grita" foi originalmente descoberta durante uma expedição do Museu Metropolitano de Arte de Nova York em Deir Elbahari, próximo à antiga cidade de Tebas.
A múmia foi descrita como uma mulher idosa, que não havia sido embalsamada, mas enterrada com todos os seus órgãos intactos. Estudos mais recentes, conduzidos com tomografias computadorizadas, revelaram que ela tinha cerca de 48 anos e 1,54 m de altura na época de sua morte.
Conforme o estudo, embora o motivo exato de sua morte permaneça incerto, o espasmo cadavérico sugere que ela pode ter experimentado uma morte violenta.