Pintura que registra um casal segurando um objeto já despertou teorias, no entanto, carrega uma explicação simples
Uma cativante pintura do século 19 se tornou alvo de teorias conspiratórias ao mostrar um casal segurando um objeto. A tela em questão mostra o noivado do poeta escocês Robert Burns e sua amada, Mary Campbell e foi elaborada em 1922. Na obra, o casal se encontra às margens do rio Ayr, olhando um para o outro.
Robert Burns, que também é conhecido como Robbie e 'O Bardo de Ayrshire', é um dos mais famosos poetas da Escócia. Ele é responsável por poemas como 'To a Mouse', 'A Red, Red Rose' e 'Tam o' Shanter'. No entanto, o legado do escritor também carrega uma teoria infundada.
Teóricos da conspiração passaram a alegar que a tela em questão seria uma prova de viagem no tempo, repercute o Daily Star. O casal seguraria um smartphone, sendo esta uma prova de que o casal seria viajante do tempo. Entretanto, a verdade é bem distante do que foi teorizado.
O banco de imagens Alamy descreve a imagem da seguinte maneira: "Robert Burns e Mary Campbell trocando votos nas margens do rio Ayr em 1785, onde cada um deu ao outro uma Bíblia, ilustração de 1922".
Ou seja, o que foi abordado por conspiracionistas como um celular moderno, é, na verdade, uma Bíblia. O poeta e Mary se encontraram para declarar os planos de casamento em 1786. O momento, seguindo uma antiga tradição escocesa, contou com uma troca de bíblias sobre um riacho, informa o DailyStar.
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— Dr.Calgary 🗨️ (@CalgaryBornBred) June 2, 2023
The Betrothal of Burns and Highland Mary, completed around 1882 by R. Josey and James Archer, depicts the world-famous Scottish poet Robert Burns and his lover, Mary Campbell, declaring their love for one another. pic.twitter.com/FFr70YJFiJ
Vale lembrar que não é a primeira vez que uma antiga obra de arte passa a ser teorizada como uma prova de viagem no tempo. A obra "Sr. Pynchon e a colonização de Springfield", que representaria o colono britânico William Pynchon.
O fato de um indígena presente na obra segurar um objeto, também se tornou alvo de uma teoria conspiratória que citava viagem no tempo. Mas, assim como o caso do poeta Robert Burns, a verdade é bem distante da teoria.