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Curiosidades / Irmãos Menendez

Irmãos Menendez: Veja 5 detalhes que a série modificou ao retratar Lyle e Erik

Em "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", a plataforma de streaming Netflix revive um dos casos mais polêmicos dos Estados Unidos

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 23/09/2024, às 21h06 - Atualizado em 24/09/2024, às 07h08

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Cena de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" - Divulgação/Netflix
Cena de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" - Divulgação/Netflix

Desde que estreou na semana passada no catálogo da Netflix,'Monstros - Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais' vem chamando atenção como a produção mais assistida dentro da plataforma de streaming. 

A trama remete aos assassinatos de José e Kitty Menendez por seus próprios filhos: Lyle e Erik. Na noite de 20 de agosto de 1989, o casal foi baleado com tiros à queima-roupa de espingarda, na mansão da família em Beverly Hills, nos Estados Unidos.

A série da Netflix serviu para reacender o caso, mas também levantou inúmeras polêmicas e até mesmo o criador de ‘Monstros’, Ryan Murphy chegou a ser criticado por Erik Menendez — principalmente por materiais de divulgação da produção sugerir uma relação incestuosa entre os irmãos.

“Eu acreditava que tínhamos superado as mentiras e as representações ruinosas de Lyle, criando uma caricatura de Lyle enraizada em gostos horríveis e flagrantes desenfreadas no programa. Só posso acreditar que eles foram feitos de propósito. É com o coração pesado que digo, acredito que Ryan Murphy não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas para fazer isso sem má intenção”, disse Erik em uma publicação nas redes sociais, destacou o US Magazine.

Erik ainda se mostrou frustrado pela forma como a relação dele e do irmão foi contada. “É triste para mim saber que o retrato desonesto da Netflix das tragédias que cercam nosso crime levou as verdades dolorosas vários passos para trás — de volta no tempo para uma era em que a promotoria construiu uma narrativa em um sistema de crenças de que os homens não eram abusados ​​sexualmente e que os homens vivenciavam o trauma do estupro de forma diferente das mulheres”. 

“Essas mentiras horríveis foram interrompidas e expostas por inúmeras vítimas corajosas nas últimas duas décadas que superaram sua vergonha pessoal e falaram corajosamente”, finalizou.

Além da sugestão de uma suposta relação incestuosa entre os dois, confira outras controvérsias na forma em que a Netflix representou os crimes reais de Lyle e Erik Menendez. 

1. Os assassinatos de José e Kitty 

Quando a polícia chegou à mansão da família Menendez, em Beverly Hills, Lyle relatou que ele e Erik haviam saído e quando voltaram, encontraram a cena brutal na sala de estar da residência. 

Cena de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" - Divulgação/Netflix

Na trama, a Netflix recria a cena de barbárie, mas um ponto chama a atenção: ao contrário do que apresentam os relatórios do caso na época, José foi baleado à queima-roupa na parte de trás da cabeça. O que significa que ele não teria visto que seu filho seria seu algoz — algo só ‘presenciado’ por Kitty.

Mas ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ acertou em apontar que Lyle foi até seu carro pegar munição para terminar de executar sua mãe, que estava gravemente ferida e lutava pela própria vida.


2. Relação incestuosa?

Logo nos primeiros episódios da trama, intitulados ‘Plano’ e ‘Ostentação’, Lyle e Erik falam sobre as consequências das mortes de seus pais. Em uma das cenas, Lyle — que estava alterado — aparece dando um beijo nos lábios do irmão. 

Mais tarde, o seriado ainda apresenta o escritor Dominick Dunne, que na vida real acompanhou de perto o julgamento dos irmãos. Na série, Dunne levantou algumas razões pelas quais os Erik e Lyle teriam matado José e Kitty. Em uma delas, ele sugere que eles ficaram sem alternativa após a mãe ter descoberto um suposto relacionamento entre eles. 

A série ainda mostra uma cena de Kitty abrindo a porta do banheiro para descobrir seus filhos em uma posição comprometedora enquanto tomavam banho juntos. Na vida real, porém, eles jamais assumiram qualquer tipo de relação. 


3. A sexualidade de Erik

Os episódios, principalmente o 5º, abordam o histórico de abuso sexual dos irmãos. Durante um longo monólogo, o personagem fictício Erik discute como o abuso afetou sua compreensão das relações e sexualidade, sugerindo que sentiria atração por homens.

Na vida real, Erik negou ser gay durante uma entrevista reveladora com Barbara Walters em 1996.

Erik Menendez: Ficção e realidade - Divulgação/Netflix e Getty Images

"Não [eu não sou gay]. O promotor trouxe isso à tona porque eu fui molestado sexualmente e ele sentiu em seu próprio pensamento que se eu fui sodomizado pelo meu pai, eu devo ter gostado e, portanto, devo ser gay", afirmou o rapaz em 1996. "E as pessoas que são gays por aí devem ter sido molestadas sexualmente ou não seriam. Foi perturbador ouvir isso, mas eu não sou gay. Mas muitas pessoas gays escrevem e se sentem conectadas a mim".


4. Mentira no tribunal

Em 1990, Lyle e Erik Menéndez foram presos sob a acusação de assassinato em primeiro grau. Três anos depois, o primeiro julgamento começou.

A promotoria, que contava com os advogados Pamela Bozanich e Lester Kuriyama, interrogaram Lyle e Erik individualmente. Tudo isso foi retratado na série.

No episódio, Bozanich revelou uma mentira de Erik sobre a tentativa de compra de duas espingardas dias antes do assassinato dos pais. No entanto, na vida real, foi Kuriyama quem fez o questionamento.


5. Fotos

Outro momento que diverge dos fatos na série ocorre nas cenas do julgamento. Antigas fotos, apresentadas pela defesa, foram anunciadas como tiradas por José.

A família Menendez - Arquivo pessoal

Os registros, que mostram os filhos nus quando crianças, foram apresentadas como provas, no entanto, a série não menciona que as fotografias estavam num envelope com a caligrafia de Kitty, explica a US Magazine.