Em meio aos julgamentos de Lyle e Erik Menendez, o primo Andy Cano foi uma testemunha crucial a favor da história contada pelos irmãos; entenda!
Publicado em 25/09/2024, às 11h00 - Atualizado em 26/09/2024, às 09h39
Com a chegada da nova série 'Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais' na última semana na Netflix, o crime que chocou os Estados Unidos no início da década de 1990 voltou à tona. Em agosto de 1989, Jose e Kitty Menendez foram assassinados pelos próprios filhos, Lyle e Erik — de 21 e 18 anos — na mansão da família em Beverly Hills, na Califórnia.
Porém, o caso não chamou atenção apenas por sua brutalidade, com as duas vítimas sendo alvejadas por vários tiros de espingardas calibre 12. Acontece que Jose Menendez era uma figura importante no show business — envolvido inclusive com o grupo Menudo — e, em meio aos julgamentos, os irmãos Menendez disseram terem sido motivados por anos de abuso sofrido em casa pelas mãos de Jose; logo, tudo poderia ser um caso de legítima defesa.
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Essa alegação de Lyle e Erik poderia mudar totalmente suas sentenças no caso, mas a promotoria da época recusou essas argumentações. Hoje com 56 e 53 anos, os irmãos seguem detidos, condenados a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, na Penitenciária Correcional Richard J. Donovan.
Porém, mesmo que as novas evidências tenham sido negadas, elas surgiram de vários lugares, desde pessoas próximas que relataram comportamentos abusivos na família, até a acusação de um ex-Menudo de abuso sexual contra Jose e depoimentos de primos que ouviram confissões de Lyle e Erik.
Entre as pessoas que prestaram depoimento, uma figura que chamou bastante atenção e também se mostrou uma testemunha bastante importante era Andy Cano, primo de Lyle e Erik, para quem o mais novo dos irmãos já havia confidenciado os abusos de Jose. Porém, o caso infelizmente levou Andy a enfrentar um destino trágico.
Andres Cano, mais frequentemente chamado apenas de Andy, era primo dos irmãos Menendez, e foi uma das pessoas chamadas pela advogada deles, Leslie Abramson, para prestar como testemunha no julgamento, conforme repercute o The Sun.
No caso, ele foi chamado para testemunhar especificamente sobre as ocasiões em que Eriklhe confidenciou que o pai vinha molestando-o. Sendo apenas três anos mais novo que Erik, ele disse que o primo havia lhe dito que Jose fazia "massagens genitais" e que elas estavam "começando a doer".
Andy Cano também disse que teve conversas do tipo três ou quatro vezes com Erik, quando este tinha cerca de 13 anos. No caso, o que Erik queria saber era se isso fazia parte de um "relacionamento normal entre pai e filho", e também sempre encerrava a conversa fazendo Cano jurar com uma "promessa de dedinho" que aquilo seria um segredo.
Como sabemos, mesmo que Andy Cano — e outras pessoas — tenham prestado depoimento a favor dos irmãos Menendez, a defesa não obteve sucesso e, ao menos poupados da pena de morte, eles foram condenados à prisão perpétua sem liberdade condicional. Em outras palavras, a previsão era de que suas vidas já haviam acabado, restando-lhes apenas a prisão.
Porém, Andy Cano foi uma figura em específico que sofreu muito com o destino dos primos, de quem era próximo, sentindo-se culpado por não ter interferido mais cedo, revelando aos próprios pais o segredo de seu primo antes que os assassinatos acontecessem.
Por isso, a culpa e o estresse, Cano começou a lidar com um ciclo de terrores noturnos recorrentes, o que até mesmo o levou a precisar de remédios prescritos para conseguir combater os pesadelos, conforme repercute o The Sun. Porém, em 2003 ele acidentalmente sofreu com uma overdose desses remédios, falecendo precocemente, com menos de 30 anos.
