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Curiosidades / Estrelas Além do Tempo

Estrelas Além do Tempo: Veja curiosidades sobre o filme e a história real

Estrelas Além do Tempo, filme de 2016, resgata a emocionante participação de três mulheres negras em um momento histórico da NASA

Ingredi Brunato Publicado em 27/11/2023, às 19h32 - Atualizado em 28/11/2023, às 19h24

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Imagem de divulgação de Estrelas Além do Tempo - Divulgação/ 20th Century Studios
Imagem de divulgação de Estrelas Além do Tempo - Divulgação/ 20th Century Studios

Na última segunda-feira, 27, o Tela Quente, quadro da emissora Globo, vai exibir o filme “Estrelas Além do Tempo” (cujo título em inglês é “Hidden Figures”), lançado em 2016. A exibição do longa-metragem começará às 22h25.

Tal produção premiada é baseada na história real da primeira missão espacial norte-americana a ser tripulada, que se deu em 1962. O astronauta a participar dela é o lendário John Glenn, que, ao longo de pouco menos de cinco horas, completou três voltas bem-sucedidas ao redor da Terra a bordo da cápsula Friendship 7 antes de retornar ao solo. 

Fotografia de John Glenn adentrando cápsula / Crédito: Divulgação/ 20th Century Studios 

O “Estrelas Além do Tempo”, no entanto, não é focado no famoso astronauta, e sim em três mulheres de descendência africana presentes no time que tornou a proeza possível. São elas: Katherine Goble Johnson (interpretada no filme por Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (vivida pela talentosa Octavia Spencer) e Mary Jackson (interpretada por Janelle Monáe). 

As funções importantes desempenhadas pelo trio de matemáticas, que atuavam como “computadores humanos”, são ainda mais impressionantes quando se leva em conta que elas as realizaram durante uma época em que a sociedade era ainda mais preconceituosa em relação a mulheres e pessoas não brancas.

Abaixo, confira algumas curiosidades a respeito da interessante produção e dos fatos reais por trás dela: 


1. Condições de trabalho 

Assim como é retratado na longa-metragem produzido por Hollywood, as mulheres contratadas pela NACA (nome anterior da NASA) na primeira metade do século 20 não tinham as melhores condições de trabalho: a mão de obra era considerada mais barata que a de homens que ocupavam os mesmos cargos, e as promoções eram raras. 

Além disso, era esperado que elas ainda cumprissem seus “deveres” como esposas e mães depois que chegassem em casa do expediente, o que, por si só, diminuía a quantidade de energia que podiam dedicar às suas carreiras. 

Vale apontar que, na década de 40, os funcionários negros da NACA trabalhavam em uma seção segregada do órgão, onde utilizavam banheiros diferentes de suas contrapartes brancas, e também realizavam as refeições em uma cantina separada, conforme relembrou o portal Popular Mechanics. 

Katherine, Dorothy e Mary, mulheres e negras, enfrentaram uma discriminação dupla no ambiente profissional. Apesar de todos os obstáculos,elas foram capazes de prosperar de maneira admirável. 


2. Conquistas

Imagem de divulgação do filme / Crédito: Divulgação/ 20th Century Studios 

Vaughan, por exemplo, a personagem de Octavia Spencer, se tornou a primeira mulher negra a ser promovida para chefe de um departamento na NASA. A conquista se deu em 1948, quando ela assumiu a posição de líder dos “Computadores do Oeste” — como era chamada a ala negra de matemáticos do órgão norte-americano. 

Jackson, por sua vez, foi a primeira mulher negra a se tornar engenheira na NASA, um cargo que conseguiu alcançar em 1958, após muito esforço para se destacar entre seus pares. Vale apontar que ela possuía duas formações acadêmicas: tanto em matemática quanto em física. 

Em “Estrelas Além do Tempo”, inclusive, existe uma cena interessante que aborda a questão, na qual Mary Jackson é questionada se iria querer ser um engenheiro caso fosse um homem branco, ao que responde “Eu não precisaria [querer]. Eu já seria um”. 


3. Confiança 

Existe ainda uma fala de John Glenn, retratada no filme, que teria ocorrido na realidade, na qual o astronauta, que não confiava nos cálculos de computadores, pediu especificamente para que uma das mulheres, Katherine Johnson, fosse encarregada de revisar as contas a respeito da trajetória da Friendship 7. 

O momento é retirado diretamente de um trecho do livro documental "Hidden Figures", de Margot Lee Shetterly, que escreveu sobre as profissionais da NASA.  

Coloque a garota para checar os números…se ela disser que os números são bons…eu estou pronto para ir”, afirmou Glenn na ocasião. 

4. Easter Egg

Ainda de acordo com o Popular Mechanics, existe um easter egg interessante em  “Estrelas Além do Tempo” que nem todos os espectadores podem notar facilmente.  Enquanto John Glenn conversa com jornalistas, no fundo, aparece uma mulher pintando o logo do Friendship 7 no foguete. 

A artista responsável pelo trabalho foi Cece Bibby, que os oficiais da NASA não queriam deixar entrar nos aposentos de lançamento para realizar a pintura. Foi graças à insistência de Glenn, justamente, que ela recebeu essa permissão. 

O astronauta, vale mencionar, é descrito pelo historiador Bill Barry como “um cavalheiro no sentido clássico” e uma “pessoa que gostava de pessoas”, o que a produção teria representado corretamente, com sua presença carismática servindo de complemento para as protagonistas do filme enquanto todos ajudavam os Estados Unidos a fazem história no campo de exploração espacial.