Descoberto por dois homens, o esqueleto estava onde um dia já foi um campo de detenção americano
Em outubro de 2019, dois homens encontraram um esqueleto em ótimo estado de conservação na Califórnia. Os restos impressionaram, principalmente, por ainda carregar o cinto e os sapatos. Após análises de DNA, foi possível revelar a identidade do cadáver encontrado.
Trata-se de Giichi Matsumura, um dos 11.000 japoneses presos no campo de detenção de Manzanar durante a Segunda Guerra Mundial. Depois do ataque de Pearl Harbor, o presidente Franklin D. Roosevelt ordenou que os descendentes de japoneses na Califrónia, Oregon, Washington e Arizona, fossem enviados para campos de concentração como forma de prevenção à espionagem.
A narrativa, entretanto, não surpreendeu investigadores que já conheciam a história do japonês.
Sabe-se que prisioneiro havia saído para uma caminhada dentro de Manzanar quando decidiu realizar uma pintura. Entretanto, uma forte tempestade o pegou desprevenido. Horas depois, o combatente foi encontrado sem vida e acabou sendo enterrado numa cova rasa, coberta por pedras.
Giichi foi encontrado — pela primeira vez — depois que um grupo se organizou para encontrar os restos. Matsumura estava em um local alto, difícil de ser alcançado, e seus amigos decidiram enterrá-lo ali mesmo, colocando seu corpo sob pedras e uma nota em japonês com seu nome e idade.
Na época, o homem tinha uma mulher, chamada Ito, e uma filha, Kazue. Logo depois elas voltaram para Santa Monica, onde moravam antes de serem forçados a irem para Manzanar. Ito trabalhou em vários empregos ao mesmo tempo para sustentar a filha, e morreu aos 102 anos de idade.
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