Aproveitando de problemas na organização, o país invadido montou uma estratégia tendo como alvo as altas patentes.
Apesar do conhecido poderio tecnológico e bélico da Rússia, um curioso fenômeno estratégico chama atenção da imprensa internacional que cobre cada passo da guerra do país contra a vizinha Ucrânia; em três meses de conflito, diversos generais de alto escalão russos, designados para comandar tropas, faleceram na tentativa de invasão.
De acordo com informações divulgadas pela Ucrânia, ao menos sete dos 20 generais russos foram mortos em ação, representando uma perda de 35% das lideranças militares.
Apesar da Rússia não confirmar o número, a contagem ucraniana é reconhecida por diferentes governos, causando desconfiança se o temido Exército russo realmente estaria preparado para tal operação.
O portal UOL apontou em reportagem que as baixas russas ultrapassam 18,5 mil, um número 12 vezes maior do que o divulgado pelo Kremlin, de 1,3 mil militares até o fim de março.
Além disso, contabiliza também centenas de veículos e tanques perdidos ou deixados para trás. Em tal progresso, qual seria o motivo para tal desvantagem visível em uma potência militar?
Tal questionamento resultou em um levantamento da BBC, que buscou as maiores patentes entre as vítimas fatais identificadas; além dos majores-generais, a Rússia perdeu ao menos 10 coronéis; 20 tenentes-coronéis; 31 majores e 155 oficiais subalternos, deixando de lado a hipótese de aleatoriedade das vítimas no conflito.
Em consenso de veículos europeus, trata-se de uma estratégia para enfraquecer, de cima para baixo, as dificuldades evidentes do Exército russo, não apenas pela perda de soldados, mas pela perda de representantes que conduz os militares.
Vale lembrar que alguns militares russos chegaram a se desculpar para a Ucrânia ao serem capturados, acrescentando que, dentro de seu país-natal, a narrativa sobre a vilania da guerra é diferente e que, diferente do que dizem as lideranças, os soldados estão desorientados sobre os reais motivos da invasão, como reportamos anteriormente.
Além disso, o UOL acrescenta que a cadeia de comando e controle da Rússia se mostrou deficitária em qualidade de inteligência, logística e táticas adotadas, o que obrigou generais a comporem frente de batalha.
Dessa forma, as emboscadas contra oficiais de patentes altas resultam, de maneira a precaver as tropas, nas retiradas e, consequentemente, na retomada dos militares ucranianos, como ocorre em regiões próximas de Kiev.