O dono do Chelsea FC, que esteve presente nas negociações de paz com a Ucrânia, apresentou sintomas de envenenamento
O representante do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu nesta terça-feira, 29, às especulações a respeito do envenenamento de Roman Abramovich, o dono do Chelsea FC, e outros dois negociadores ucranianos.
"Isso é parte do pânico de informação, da sabotagem de informação, da guerra de informação. Esses relatos não são verdadeiros, é necessário filtrar o fluxo de informações", afirmou o porta-voz, segundo divulgado pela Reuters.
A suspeita de envenenamento surgiu após o trio, que esteve presente em uma reunião ocorrida em Kiev para discutir o cessar-fogo do conflito da Rússia contra a Ucrânia, manifestar sintomas como lacrimação dolorosa e a descamação da pele do rosto e mãos.
Episódio teria acontecido mais cedo neste mês de março, porém apenas veio a público na última segunda-feira, 28, através de uma notícia do Wall Street Journal. A este ponto, todos os três negociadores já se recuperaram completamente.
Uma das especulações despertadas pela informação foi de que o governo russo poderia ter tentado sabotar as negociações de paz através de tentativas de envenenamento.
De acordo com um especialista norte-americano entrevistado pela Reuters em anonimato, no entanto, os sintomas poderiam formar um quadro causado por "fatores ambientais" em vez de envenenamento.
De uma forma ou de outra, a suspeita levou Dmytro Kuleba, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, a recomendar que ninguém mais bebesse, comesse ou tocasse superfícies durante as reuniões para discutir o fim do conflito. Roman Abramovich, vale mencionar, voltou a participar delas normalmente após se recuperar, ainda de acordo com a agência de notícias.