Sétimo filho de Dom Pedro I, o herdeiro do trono brasileiro assumiu, em 18 de julho de 1841, o posto abdicado por seu pai
Em 18 de julho de 1841, um evento histórico aconteceu na Capela Imperial, no Rio de Janeiro. Dez anos haviam se passado desde que Dom Pedro I abdicara de sua coroa e, naquele dia, Dom Pedro II tornava-se o mais novo imperador do Brasil.
Na época, o rapaz tinha apenas 15 anos e a sua coroação durou cerca de nove dias, marcando a história do país. Pensando nisso, o site Aventuras na História selecionou 5 curiosidades sobre a coroação de Dom Pedro II. Confira abaixo.
O dia 7 de abril de 1831 mudaria para sempre a vida da família imperial brasileira. Naquela noite, o futuro imperador do Brasil, até então com 5 anos, foi acordado às pressas, pois seu pai, Dom Pedro I, tinha abdicado ao trono. Na ocasião, o imperador embarcou para Portugal para lutar contra o próprio irmão Dom Miguel, que havia usurpado o trono europeu.
Enquanto Dom Pedro II comandava o país, o território brasileiro era visto pela Europa como uma ilha de civilização. Diferente de outros países vizinhos, que começavam a se dividir em pequenas repúblicas, o Brasil era visto como um território grande e unido.
Segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, José Murilo de Carvalho, o intuito do Marquês de Itanhaém — o tutor de Dom Pedro II que sucedeu Bonifácio —era criar um paladino.
“Itanhaém queria formar um monarca humano, sábio, justo, honesto, constitucional, pacifista, tolerante”, disse o especialista na biografia D. Pedro II. “Isto é, um governante perfeito, dedicado integralmente a suas obrigações, acima das paixões políticas e dos interesses privados”.
De acordo com o historiador, o futuro imperador tinha uma rotina dura. Quando criança era obrigado acordar às 7h. Em seguida, cada hora era destinada para alguma atividade. O dia encerrava às 21h30, mas seguido de mais leituras noturnas. Antes de completar 15 anos, por exemplo, ele já sabia escrever em francês e traduzir o idioma inglês.
Conforme José Murilo de Carvalho relatou em seu livro, a dura rotina de Dom Pedro II, atrelada a pressão para se tornar o governante perfeito, teria o tornando uma pessoa insegura. Segundo o historiador, o deputado Rafael de Carvalho teria criticado a falta de exercícios e divertimento. “Segundo os observadores, era um menino tímido, ensimesmado e, seguramente, muito carente de afeto”, explicou o especialista.