Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés, revela os ciclos naturais femininos que foram transformados — à força — ao longo da História
Por anos, os lobos foram representados como animais assustadores e violentos. Entretanto, na Grécia e Roma Antiga, acreditava-se que esta espécie seria o consorte de Artemis, a deusa grega ligada à vida selvagem e à caça.
Lançada no Brasil em 2018, pela Editora Rocco, a obra Mulheres que correm com os lobos, da renomada escritora junguiana Clarissa Pinkola Estés, retrata a relação histórica deste animal com as mulheres modernas.
Por meio de uma análise minuciosa, Estés investigou a natureza instintiva feminina, o que lhe permitiu descobrir a chave da sensação de impotência das mulheres nos dias de hoje. Esta obra aborda, ainda, 19 mitos, lendas e contos de fada, em que a autora apresenta como a natureza instintiva da mulher foi sendo “domesticada” ao longo dos séculos, uma vez que quem ousasse questionar o sistema era severamente repreendido.
“Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas”, escreveu Clarissa Pinkola Estés no prefácio da obra.
De acordo com a escritora, os ciclos naturais femininos foram transformados à força, assim como a vida das florestas e dos animais silvestres. Para ela, eles foram transformados, ainda, em ritmos artificiais que servem para agradar à uma classe dominante e opressora.
Entretanto, Estés analisa que a energia vital dos corpos femininos pode ser restaurada a partir de escavações psíquico-arqueológicas, isto é, no interior da alma, a fim de ressurgir a loba profunda que vive dentro de cada mulher.
Disponível na Amazon e em capa dura, esta obra é a primeira de uma série de livros da Editora Rocco a ganhar uma edição em um formato de projeto gráfico inovador. Considerado um clássico nos estudos sobre o sagrado feminino e sobre o feminismo, este livro, atualmente, encontra-se em primeiro lugar na lista de mais vendidos da plataforma.
Confira abaixo um trecho da obra Mulheres que correm com os lobos (2018):
“A fauna silvestre e a Mulher Selvagem são espécies em risco de extinção. Observamos, ao longo dos séculos, a pilhagem, a redução do espaço e o esmagamento da natureza instintiva feminina. Durante longos períodos, ela foi mal gerida, à semelhança da fauna silvestre e das florestas virgens. Há alguns milênios , sempre que lhe viramos as costas, ela é relegada às regiões mais pobres da psique. As terras espirituais da Mulher Selvagem, durante todo o curso da história, foram saqueadas ou queimadas, com seus refúgios destruídos e seus ciclos naturais transformados à força em ritmos artificiais para agradar os outros”.
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Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés (2018) - https://amzn.to/3iPDZ3G
A ciranda das mulheres sábias, de Clarissa Pinkola Estés (2007) - https://amzn.to/3axFWyL
Libertem a mulher forte: O amor da mãe abençoada pela alma selvagem, de Clarissa Pinkola Estés (2012) - https://amzn.to/2Y8Rxzy
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