Segundo o escritor, somente Porto Seguro e Pernambuco teriam prosperado durante o Império Português
Pertencente ao Império Português, as capitanias do Brasil foram fundadas para que a Coroa administrasse o território da colônia e pudesse explorar determinadas áreas. A obra Porto Seguro: história de uma esquecida capitania, do escritor Roberto R. Martins, discute polêmicas e curiosidades que envolvem a chegada dos portugueses na América Latina.
Roberto R. Martins nasceu no município de Ipiaú, na Bahia, mas atualmente mora Eunápolis, onde passou a dedicar-se à escrita e à política. Durante a década de 70, tornou-se grande opositor do regime militar e chegou a ser preso em São Paulo. Enquanto estava detido, escreveu o livro Anistia Ontem e Hoje.
Ao longo dos anos, o renomado escritor emplacou diversas obras, como O Prefeito e a novela O Usuário. Com temas de cunhos sociais e históricos, o escritor lançou a obra Porto Seguro: história de uma esquecida capitania, editada pela Assembleia Legislativa da Bahia, em 2018. Fruto de uma vasta pesquisa, o livro não é uma obra acadêmica, pois abrange o público em geral com seu estilo jornalístico.
Dividido em três partes, o livro discute os 500 anos da chegada dos portugueses. A primeira parte discute a descoberta e roteiro de navegação de Cabral. O esquecimento compõe a segunda parte e aborda quatro séculos da capitania de Porto Seguro. Por fim, a redescoberta mostra como a cidade está hoje, após todo o seu processo histórico.
“Depois de alguns anos, Roberto Martins volta a nos brindar com uma obra de natureza historiográfica, nos oferecendo, agora, um consistente estudo sobre o processo de formação e de evolução da região da antiga Capitania de Porto Seguro, na qual analisa e busca explicar a sua dinâmica, desde os primórdios da conquista portuguesa até os dias atuais”, disse José Raimundo Fontes.
De acordo com escritos de Capistrano de Abreu e analises de Roberto R. Martins, as únicas capitanias que teriam prosperado foram Porto Seguro e Pernambuco. Outro fato interessante abordado na narrativa foi a história de Pero do Campo Tourinho, o primeiro donatário da capitania, que também foi a primeira vítima da Santa Inquisição no Brasil.
“Ele sabe, como ninguém, que navegar é preciso, que compreender e fazer história é o destino dos homens, mesmo que de forma inconsciente e inintencional”, disse José Raimundo Fontes.
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