O bilionário francês Bernard Arnault está à frente do grupo LVMH, que registrou uma impressionante valorização no ano de 2023
O CEO francês Bernard Arnault, à frente do grupo LVMH, proprietário de marcas como Louis Vuitton, Dior e Tiffany, reassumiu a posição de homem mais rico do mundo, superando Elon Musk, graças aos resultados excepcionais do conglomerado francês em 2023. Esses resultados impulsionaram a bolsa de Paris a atingir um recorde absoluto na última sexta-feira, 26, alcançando 7.634 pontos.
Segundo informações da agência RFI, o LVMH registrou uma valorização de mais de 12%, representando a maior capitalização já observada na França. Isso decorreu do notável crescimento de 9% nas vendas e 8% nos lucros, mesmo em meio ao "contexto perturbado" dos mercados internacionais, como destacado no comunicado do grupo.
Apesar da desaceleração econômica na China durante o terceiro trimestre, o desempenho do grupo não foi afetado significativamente, seguindo a tendência de resistência a crises globais. A solidez do mercado chinês, que impulsionou o luxo a patamares elevados na década de 2010, gerou incertezas em 2023.
No entanto, as vendas no país mantiveram-se em crescimento, registrando no mínimo 3% ao longo do ano. Isso reflete uma dinâmica peculiar, na qual o setor de luxo e sua clientela parecem habitar um universo à parte.
O economista Gedeão Locks, especialista em tributação e desigualdades, e pesquisador do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica em Berlim, destaca que o período pós-pandemia evidenciou um aumento nas desigualdades, concentrando a renda e a riqueza no topo da pirâmide. Esse fenômeno beneficia setores como o de produtos de luxo, que são menos impactados por adversidades externas devido à clientela privilegiada que os sustenta.