Filme narra a jornada de superação de um time de vôlei da West High School, em Iowa City (Iowa, EUA), após a perda trágica da líder da equipe
Nesta quarta-feira, 26, às 15 horas, a TV Globo exibirá na Sessão da Tarde, o filme “Uma Razão Para Vencer” (“The Miracle Season”, no título em inglês), uma produção baseada em uma história real.
A trama narra a jornada de superação de um time de vôlei da West High School, em Iowa City (Iowa, EUA), liderado por Caroline Found (Danika Yarosh), uma aluna carismática e determinada que, após conquistar o título estadual em 2011, se preparava para buscar uma vitória consecutiva.
Contudo, o enredo toma um rumo dramático quando Caroline, de apenas 17 anos, perde a vida em um trágico acidente com seu ciclomotor. Essa perda repentina abala profundamente toda a equipe e a comunidade escolar.
No longa, a treinadora Kathy Bresnahan (Helen Hunt), se mostra uma líder incansável que convoca as jogadoras para permanecerem unidas em meio ao luto. A partir desse momento, o filme enfatiza como o grupo se reestrutura emocionalmente e tecnicamente para transformar a dor em motivação.
Em uma reviravolta, Kelley Fliehler (Erin Moriarty), melhor amiga de Caroline, assume o papel de levantadora – função que antes era desempenhada por ela. A união culmina na final do campeonato, onde o time, contra todas as probabilidades, conquista o tão sonhado segundo título consecutivo.
A história verdadeira que inspirou “Uma Razão Para Vencer” é marcada por tragédia e resiliência. Caroline Found, uma estudante brilhante e querida por todos, faleceu aos 17 anos em 11 de agosto de 2011, num acidente envolvendo seu ciclomotor.
Assim como retratado na trama, sua morte inesperada deixou a comunidade de Iowa City em estado de choque e provocou um sentimento de luto entre suas colegas de equipe.
Após a perda, a verdadeira treinadora Kathy Bresnahan revelou que, na manhã seguinte ao acidente, reuniu o time no ginásio com as luzes apagadas – um cenário que, apesar do pesar, simbolizou o início de um processo coletivo de luto e superação.
Naquela manhã, nós nos reunimos com o time. Achei que precisávamos lamentar juntas inicialmente. Todos fomos para o ginásio, onde as luzes estavam apagadas, e foi tão estranho porque, quando meus olhos se ajustaram à luz, percebi que centenas de crianças haviam aparecido naquela manhã para um treino de vôlei às 6h”, contou em entrevista à revista People em 2018.
Kelley Fliehler, que foi de fato uma das melhores amigas de Caroline, também compartilhou à revista sua experiência, ressaltando que o vínculo entre as integrantes da equipe foi crucial para que todas pudessem superar o luto.
Havia seis de nós que éramos inseparáveis desde o dia do acidente. Íamos para as casas umas das outras todas as noites e dormíamos juntas. Nos apoiamos mutuamente, e essas seis ainda são minhas melhores amigas até hoje. A única razão de todas termos sobrevivido foi o fato de termos umas às outras para passar por isso. Na vida real, todas nós somos igualmente importantes para o sucesso do time e até para a vida agora”, afirmou Fliehler.
Na realidade, a mudança de função – com Fliehler assumindo o papel de levantadora em substituição a Caroline – foi um dos pontos críticos para a continuidade e o sucesso do time, pois a posição era vital para cada jogada.
"Eu absolutamente recusei jogar como levantadora quando a Bresnahan me pediu pela primeira vez, não queria ocupar o lugar de Caroline. Se minhas companheiras de time não tivessem me dito que era isso que ela queria, eu nunca teria feito", recordou a amiga.
A vitória na final do campeonato, que resultou no segundo título consecutivo para o time, foi tida como um alívio. "Dois mil quilos saíram das minhas costas. Eu me sentia totalmente responsável por levá-las ao ponto de estarmos, pelo menos, em uma posição para vencer, e não parecia que conseguiríamos. Fizemos isso por ela e pela nossa comunidade", disse Bresnahan.