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Notícias / Arqueologia

Estudo sugere interpretação catastrófica para morte de personagem bíblico

Sítio arqueológico em Israel continha artefatos históricos que sugerem novas interpretações para eventos bíblicos; saiba mais!

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 21/03/2025, às 15h35

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Sítio arqueológico em Israel continha artefatos que sugerem novas interpretações para eventos bíblicos - Meggido Expedition
Sítio arqueológico em Israel continha artefatos que sugerem novas interpretações para eventos bíblicos - Meggido Expedition

Uma recente descoberta arqueológica em Megido, Israel, revelou fragmentos de cerâmica possivelmente originários do Egito e da Grécia, datados do final do século VII a.C.

Esse tesouro reforça relatos bíblicos sobre o rei Josias, de Judá, e o faraó Neco II, período em que os egípcios costumavam empregar mercenários gregos em suas tropas. Os pesquisadores identificaram a origem das peças com base no tipo de argila e nos padrões de fabricação.

O estudo, publicado em 28 de janeiro no The Scandinavian Journal of the Old Testament, não comprova diretamente a presença do rei Josias na batalha. Caso ele tenha participado do confronto, como mencionado na Bíblia, ainda não se sabe se morreu devido a ferimentos sofridos contra os egípcios em Megido ou se foi executado como vassalo do faraó.

Divergências

Posteriormente, sua morte teria sido interpretada como um presságio da queda de Jerusalém em 586 a.C., quando as forças neobabilônicas de Nabucodonosor II destruíram o Primeiro Templo, conhecido como o Templo de Salomão.

Segundo o arqueólogo Assaf Kleiman, da Universidade Ben-Gurion e coautor do estudo, os relatos bíblicos sobre o confronto entre Josias e Neco II divergem. “O evento Josias-Neco é descrito na Bíblia duas vezes: como uma execução em um curto versículo em Reis e como uma batalha decisiva em Crônicas”, explicou à Live Science. 

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Kleiman destacou que O Livro dos Reis foi escrito mais próximo da época dos acontecimentos, enquanto O Livro das Crônicas foi composto séculos depois. Por isso, os pesquisadores consideraram o relato de Reis como a versão mais confiável.