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Matérias / Crimes

Slender Man: A lenda da internet que motivou um brutal crime na vida real

Duas garotas esfaquearam a amiga Payton Leutner, de 12 anos, na tentativa de agradar a criatura fantasmagórica

Alana Sousa Publicado em 05/04/2020, às 09h00

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Pôster do filme Slender Man - Divulgação
Pôster do filme Slender Man - Divulgação

Slender Man nasceu em 2009, de um concurso na internet de um fórum chamado Something Awful (Algo Horrível em tradução livre), nele era preciso criar uma criatura sobrenatural. O vencedor foi Eric Knudsen, responsável pela ideia de um fantasma sem rosto que persegue crianças, batizado de Slender Man.

Em 2018, foi lançado um filme de terror baseado no monstro fictício. A obra intitulada Slender Man: Pesadelo sem Rosto mostra a história de três jovens, que após invocar a entidade, começam a sofrer com perseguições e visões do fantasma sem rosto.

No entanto, a narrativa se baseia na história real de três garotas americanas, na qual duas delas esfaquearam a terceira em um bosque no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. O crime tinha uma motivação: agradar Slender Man.

Amizade trágica

Payton Leutner conheceu Morgan Geyser na escola e logo viraram melhores amigas, brincavam juntas e faziam festas do pijama em casa. Em seu depoimento para a polícia, Payton falou sobre Morgan: “ela era minha única amiga por muito tempo”.

Dois anos depois, Morgan conheceu Anissa Weier, e segundo Payton, foi quando “tudo deu errado”. Logo, Anissa e Morgan ficaram obcecadas com o Slender Man, Payton mesmo assustada, apoiava suas amigas, ela afirmou que acreditava que a assombração fosse real.

Da esquerda para direita: Payton, Morgan e Anissa / Crédito: Divulgação

Sacrifício 

No dia 30 de maio de 2014, Payton comemorou seu aniversário de 12 anos com uma festa do pijama, Anissa e Morgan foram suas convidadas. As três meninas dormiram, e no dia seguinte decidiram ir passear no bosque.

Foi então que o ataque aconteceu. De repente, Morgan começou esfaquear brutalmente Payton e, após 19 golpes, Anissa e Morgan fugiram correndo, deixando a vítima para morrer.

Mesmo terrivelmente ferida, Payton conseguiu ir se arrastando até a beira da estrada, onde o ciclista, Greg Steinberg a socorreu. Brian Huckstorf, médico que atendeu a vítima após a tentativa de assassinato, declarou que ela foi atacada nos braços, pernas, peito e abdômen.

Mugshot de Morgan Geyser / Crédito: Divulgação

Horas mais tarde, Geyser e Weir foram presas enquanto caminhavam em direção à Floresta Nacional Nicolet, também no estado de Wisconsin, onde as autoras do crime acreditavam que a casa de Slender Man estava localizada.

No interrogatório, realizado separadamente, as duas garotas alegaram que a entidade sobrenatural desejava a morte de Payton. Anissa chegou a afirmar que estava sendo ameaçada: “Disseram-me que se eu não fizesse algo, minha família estaria em perigo”.

A investigação concluiu que apesar de Morgan ter executado todos os golpes sozinha, enquanto Anissa vigiava o local, ambas planejaram o crime juntas, durante meses. O objetivo do crime era ganhar uma recompensa do fantasma, e se mudar para sua mansão na floresta.

Julgamento

Em 2017, durante o julgamento, Morgan foi diagnosticada com esquizofrenia precoce, recebeu a sentença de 40 anos em um hospital psiquiátrico, após se declarar culpada das acusações, em um acordo com a promotoria que alegava insanidade mental.

Mugshot de Anissa Weier / Crédito: Divulgação

Anissa, por sua vez, foi diagnosticada com transtorno delirante. Declarou-se culpada e cúmplice do crime, recebeu a sentença de25 anos em uma clínica psiquiátrica.

O criador do Slender Man, Eric Knudsen, se pronunciou sobre o crime na época: “Estou profundamente triste pela tragédia em Wisconsin e meu coração está com as famílias das pessoas afetadas por esse ato terrível”, afirmou Knudsen em comunicado.

Payton Leutner declarou em entrevista que não seria quem é hoje se não tivesse sobrevivido ao crime de suas amigas. Suas cicatrizes ainda podem ser vistas, mas é algo que já não a incomoda mais: “É apenas uma parte de mim. Eu não penso muito nelas. Elas provavelmente irão embora e desaparecerão eventualmente”.


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