Neste dia, em 1898, a imperatriz Sissi, que foi casada com o imperador Francisco José I da Áustria, era assassinada por um anarquista
Elizabeth da Áustria, conhecida mundialmente como Sissi, se tornou um dos nomes mais famosos da História. Nascida no ano de 1837, parte de família da realeza bávara, ela se casou aos 16 anos com o imperador Francisco José I da Áustria, tornando-se imperatriz.
Em 10 de setembro de 1898, ela, conhecida por sua beleza e espírito livre, foi tragicamente assassinada em Genebra por um anarquista chamado Luigi Lucheni, quando tinha 60 anos.
Sua morte inesperada causou comoção em toda a Europa, especialmente na Inglaterra, onde a Rainha Vitória descreveu o incidente como "terrível demais, cruel demais", informa a Revista Cosmopolitan.
De acordo com o livro de Edward Morgan Allborough de Burgh, "Elisabeth: Imperatriz da Áustria" em tradução livre, publicado em 1899, um ano após seu assassinato, Elisabeth estava hospedada no Hôtel Beau Rivage sob o pseudônimo de Condessa von Hohenembs. Ela preferia manter-se discreta e evitar alarde. Apesar dos esforços da polícia para posicionar autoridades ao redor do hotel, ela solicitou que fossem dispensados.
Na fatídica manhã de setembro, Elisabeth e sua dama de companhia, Condessa Irma Sztáray, se preparavam para pegar um barco quando foram atacadas. O ataque foi tão rápido que Elisabeth inicialmente não percebeu que havia sido esfaqueada.
Um testemunho no livro descreve os momentos críticos: "A Imperatriz estava caminhando com uma dama de companhia e seguida à distância por um criado, do Beau Rivage até o cais. Quando se aproximavam do Quai du Mont Blanc, um jovem acompanhado por outro homem com uma barba grisalha veio na direção dela. O primeiro se lançou repentinamente sobre Sua Majestade e a esfaqueou no coração. A Imperatriz caiu ao chão, mas com a ajuda da dama e alguns passageiros próximos. conseguiu levantar-se novamente e caminhar até o barco. Mas mal havia chegado lá quando pareceu adoecer subitamente e disse com voz fraca: 'O que aconteceu?' antes de desmaiar."
Elisabeth foi levada para sua cabine, onde as damas presentes notaram uma pequena mancha de sangue em seu corpete. De volta ao hotel, Frau Mayer, esposa do proprietário do hotel, descreveu os últimos momentos da imperatriz:
"A Imperatriz estava deitada com o rosto pálido e olhos fechados em sua cama. Pouco depois de chegar ao quarto suspirou profundamente duas vezes: esses foram os últimos sinais de vida. Ela parecia estar dormindo sem mostrar dor exterior."
A autópsia revelou que Elisabeth morreu gradualmente e sem muita dor. Luigi Lucheni foi rapidamente capturado e declarou:
"Não foi uma mulher que eu atingi, mas uma Imperatriz; era uma coroa que eu tinha em vista. Agi por minha própria iniciativa, sem pressão alguma, e sou o único responsável pelo ato."
Quando Franz Joseph I recebeu a notícia da morte da esposa, ficou em estado de choque por algum tempo. A realeza europeia ficou igualmente abalada; a Rainha Vitória escreveu uma carta a Franz Joseph I expressando sua profunda simpatia e horror: "Palavras me faltam para expressar minha sincera simpatia e meu horror. É terrível demais, cruel demais. Que Deus te sustente e proteja".
Além de ter servido de inspiração para a série "A Imperatriz", Sissi também foi inspiração para o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti. Ele é co-autor de "Sissi e o último brilho de uma dinastia: Uma breve história não contada dos Habsburgos".