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Matérias / Toninho

10 de setembro de 2001: Toninho, ex-prefeito de Campinas, é assassinado

Há exatos 23 anos, Toninho, ex-prefeito de Campinas, era assassinado enquanto deixava um shopping; família citou motivação política

Redação Publicado em 10/09/2024, às 09h00

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Toninho, ex-prefeito de Campinas - Divulgação
Toninho, ex-prefeito de Campinas - Divulgação

Antonio da Costa Santos, ex-prefeito de Campinas, foi assassinado na noite de 10 de setembro de 2001 aos 49 anos. Ele era conhecido nacionalmente como Toninho do PT.

Um disparo atingiu sua artéria aorta enquanto ele saía do shopping Iguatemi pela Avenida Mackenzie e retornava para casa, explica o G1. Ele havia sido eleito prefeito em 2000 e estava no cargo há apenas oito meses no momento do crime.

A família sempre acreditou que o assassinato teve motivação política. Eles baseiam suas suspeitas na trajetória pública de Toninho, marcada por ações populares contra empreiteiras, esforços pelo tombamento de prédios históricos, além de denúncias de irregularidades no contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Os criminosos

De acordo com o MP, a suspeita é que Anderson José Bastos, conhecido como "Ancio", membro da quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima ("Andinho"), tenha sido o autor do disparo fatal. Ancio e um comparsa foram mortos por policiais civis menos de um mês após o crime.

Embora não descarte a motivação política, o MP afirma que até hoje não foram encontrados indícios concretos que sustentem as suspeitas dos familiares.

Em 2022, a Justiça determinou o arquivamento do inquérito policial que investigava a morte. O crime, que completou duas décadas em 11 de setembro de 2021, teve seu desfecho judicial quando o juiz José Henrique Rodrigues Torres, da Vara do Júri, atendeu ao pedido do Ministério Público (MP).

O tempo passado resultou na prescrição do crime, implicando que o responsável pelo assassinato, mesmo que identificado, não poderá ser penalizado.

Família cobra respostas

Devido à ausência de respostas no processo criminal, a família de Toninho recorreu à Organização dos Estados Americanos (OEA) para solicitar a condenação do estado brasileiro por omissão nas investigações do assassinato do político. A denúncia foi encaminhada ainda naquele ano à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). 

Além disso, o episódio foi relembrado no documentário "Toninho 20 anos: A Verdade é Demais para Nós?". Produzido ao longo de cinco meses pela equipe de jornalistas do g1 e EPTV, afiliada da TV Globo, em parceria com a LZP Produções, a produção resgata memórias sobre a vida do político e detalhes da noite do crime.