Em meio aos inúmeros casos de infecção pelo novo coronavírus ao redor do mundo, os membros da realeza estão tendo que se reinventar para cumprirem suas funções
Penélope Coelho Publicado em 08/10/2020, às 17h27
No ano de 2020, o mundo foi acometido por uma pandemia que já matou mais de 1 milhão de pessoas, em decorrência do novo coronavírus toda a população mundial teve que se adaptar.
Vivendo incialmente um período de quarentena e mais recentemente, uma abertura gradual de comércios e restaurantes, porém, sempre com regras de distanciamento social, higienização das mãos e o uso de máscara.
De diferentes maneiras, a pandemia atingiu a todos e até mesmo a família real britânica, uma das mais importantes do mundo, teve que realizar mudanças para conseguir cumprir suas funções diplomáticas.
Isolamento real
A Rainha Elizabeth II e seu marido príncipe Philip têm respectivamente 94 e 99 anos, ou seja, o casal está no grupo considerado de risco da Covid-19. Pensando nisso, logo no início da pandemia eles deixaram o movimentado palácio de Palácio de Buckingham, em Londres, e passaram a viver em isolamento no Castelo de Windsor.
O período da quarentena foi especial para o casal, já que esse foi o maior tempo que eles passaram juntos nos últimos anos. A monarca e o marido ficaram sete meses em isolamento social em Windsor.
Depois disso, passaram as férias de verão em Balmoral e nas últimas três semanas estiveram em Sandringham House, em Norfolk.
Agora, ao que tudo indica o casal está separado depois de um bom tempo juntos, já que a rainha voltou para Windsor e Philip permanece em Norfolk. Sabe-se que o casal deve continuar em isolamento.
Família infectada
O filho da monarca, Charles e sua esposa Camilla, tiveram uma experiência mais intensa durante a pandemia, já que o príncipe de Gales, de 71 anos, contraiu o novo vírus no início de março. Na época, o nobre se isolou durante sete dias em sua casa em Birkhall, na propriedade real de Balmoral. Após apresentar somente sintomas leves, logo, o príncipe já estava curado.
Recentemente, Charles e a Duquesa da Cornualha aproveitaram a abertura gradativa das atividades na Inglaterra para realizarem a primeira aparição em um compromisso durante a pandemia. Em junho o casal visitou um hospital que está na linha de frente na luta contra o novo vírus, na ocasião eles seguiram as diretrizes de distanciamento social, mas, não usaram máscaras.
Tecnologia
Para os membros mais jovens dessa família, William e sua esposa Kate tiveram que se adaptar com seus filhos George (7) e Charlote (5) e Louis (2) o tempo todo em casa, além dos desafios de conciliarem os estudos das crianças.
O duque e a duquesa de Cambridge passaram o período de quarentena na casa de campo Anmer Hall, em Norfolk. O casal foi um dos mais ativos nas redes sociais durante a pandemia e quebraram o padrão ao usarem a tecnologia para realizarem suas funções reais.
Através de chamadas de vídeo, William e Kate conversaram e debateram sobre o coronavírus. Em entrevista à BBC, o duque ainda afirmou que a tecnologia pode ser um novo caminho para deixar as relações na realeza mais ágeis "Eu sempre achei que isso era loucura, sério [...] Por que diabos fazemos isso quando temos a tecnologia hoje para fazer as coisas? Por que não fazemos mais negócios em casa?" revelou William.
Atualmente, o casal também já realizou eventos pessoalmente, principalmente a assuntos relacionados à caridade. Durante uma visita com objetivo de entregar itens essenciais para famílias em situação vulnerável, Middleton, chamou a atenção quando apareceu de máscara. Diferentemente do que os outros membros da família real tinham feito até então, Kate seguiu a recomendação e usou o acessório em local fechado.
Para se adaptar com a nova realidade em meio à pandemia, até a principal pessoa desta família, Elizabeth II, realizou compromissos on-line, para isso, a rainha contou com a ajuda de sua filhaAnne durante uma chamada de vídeo.
À medida que os países se libertam do bloqueio total, a realeza usa o auxílio das plataformas on-line em conjunto com aparições esporádicas para cumprirem suas funções representativas no Reino Unido.
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