A garota tinha apenas 6 anos quando fez história ao ser a primeira negra a estudar em uma escola de brancos
No século 19, os Estados Unidos aboliram a escravidão no país. Porém, a cultura enraizada do racismo não acabou, e até hoje afro-americanos sofrem ataques. Por muito tempo, o país norte-americano impediu a adesão da população ex-escrava e afro-americana na sociedade. As políticas criaram um ambiente de segregação racial, principalmente nos estados do Sul e os Confederados.
Mas, em razão de uma repressão destrutiva, um movimento negro nasceu nas regiões para lutar pelos direitos civis e liberdade dos que estavam sendo oprimidos. A história de Ruby Bridges revela os problemas da questão racial e como pequenas personalidades podem revolucionar as estruturas socio-políticas, enfrentando um dos maiores casos de racismo e bullying.
1. Um contexto social e uma cultura racista
Nas décadas de 50 e 60, os Estados Unidos aderiram a um movimento segregacionista. Apesar da libertação dos escravos, os negros ainda eram subjulgados e não conseguiram receber os mesmos direitos.
Leis como a conhecida "Jim Crow" impuseram no país um ambiente muito parecido com o da África do Sul nos tempos de Apartheid. Naquela época, a maioria dos lugares públicos era de exclusividade para brancos.
Negros não tinham direito ao estudo e saúde de qualidade, não podiam participar ativamente da política e nem tinham garantia de emprego assalariado. Nas cidades era possível se deparar com lugares específicos para brancos e negros, como bebedouros, bancos, e até mesmo lugares nos transportes públicos.
2. Quem foi Ruby Bridges
Rubytinha 6 anos de idade quando seus pais decidiram colocá-la em uma escola. Porém, desde jovem encontrou um obstáculo que mudou todo o processo de escolaridade: a sua cor. Ela vinha de uma família afro-americana, o que a impedia de poder estudar em qualquer escola que quisesse.
Seus pais, no entanto, responderam a um pedido da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) e pediram que Ruby pudesse participar da campanha governamental de integração entre pessoas brancas e negras em Nova Orleans.
Felizmente ela conseguiu passar no teste e conseguiu se matricular, legalmente, em uma escola primária que era exclusiva para brancos.
3. O primeiro dia
4. A reação
Em protesto contra a política de integração que batia de frente com as leis segregacionistas, os funcionários da escola, entre eles professores da instituição, se recusaram a ensinar a menina negra, pois não aceitavam sua presença.
Os pais das outras crianças também não gostaram da ideia. Em protesto decidiram não levar seus filhos brancos para a escola naquele dia, acusando que eles não poderiam ter contato com pessoas negras.
De qualquer jeito, Ruby resistiu e ao lado de uma única professora da escola, que aceitou dar aulas, e permaneceu na instituição até o fim do período. Contudo, enquanto se preparava para deixar o local, se deparou com uma manifestação na porta da escola que reuniu 1.000 pessoas contra a oportunidade de estudos para negros.
Aquelas pessoas cuspiram em cima da criança e gritavam pela sua expulsão, e chegaram até a jurar várias vezes à morte dela. No entanto, a menina não perdeu a postura. Em declaração do delegado federal Charles Burks sobre o caso ele disse: "Ela mostrou muita coragem. Ela nunca chorou. Ela não choramingou. Ela só marchava como um pequeno soldado, e nós estamos todos muito, muito orgulhosos dela".
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