Confira todas!
Isabela Barreiros Publicado em 09/03/2020, às 13h55
1. Ideologia e religião
“Minhas reuniões com Marx nunca me sugeriram que parasse de ter reuniões com Cristo”.
2. As mudanças sociais
“A sociedade é profundamente autoritária e elitista. Para a classe dominante reconhecer os direitos fundamentais das classes populares não é fácil. Nos anos 60 fui considerado um inimigo de Deus e da pátria, um bandido terrível. Pois bem, hoje eu já não seria mais considerado inimigo de Deus. Hoje diriam apenas que sou um saudosista das esquerdas. O discurso da classe dominante muda, mas ela continua não concordando, de jeito nenhum, que as massas populares se tornem lúcidas”.
3. O capitalismo brasileiro
“O que presta no capitalismo, no meu entender, não é ele. Para mim, ele é uma malvadeza em si mesma. Se se pensa na excelência do capitalismo no Brasil, eu me pergunto: que excelência é esta que produz 33 milhões de famintos?”.
4. Autoritarismo à esquerda
“Um dos maiores erros históricos das esquerdas que se fanatizaram foi antagonizar socialismo e democracia”.
5. Teoria e prática
“Não foram os camponeses que disseram a mim: Paulo, tu já leste Marx? Não, eles não liam nem jornal, foi a realidade que me remeteu a Marx”.
6. Educação revolucionária
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
7. Ensino crítico
“A superação da curiosidade ingênua dos grupos populares pela curiosidade crítica é um exercício fundamental e permanente, a ser experimentado incansavelmente. Exercício que implica viver a relação dialética teoria-prática. E vivê-la de tal maneira que nos ponhamos cada vez mais distantes de cair na tentação elitista de, negando sua prática, exclusivizar a importância da teoria. Uma necessita a outra, como nós do ar que respiramos”.
8. O futuro da sociedade
“Na verdade, só os oprimidos podem conceber um futuro completamente diferente de seu presente, na medida em que alcançam a consciência da classe dominada.”
Todas as frases foram retiradas da biografia O educador: um perfil de Paulo Freire, publicada pela editora Todavia, escrita por Sérgio Haddad.
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