Nesta sexta-feira, 21, a expo 'Ney Matogrosso' chegou ao MIS celebrando os 50 anos de carreira de um maiores intérpretes da música brasileira
Ney Matogrosso, considerado um dos maiores intérpretes da música brasileira, completa 50 anos de carreira em 2025. Uma das formas de homenageá-lo acontece desde sexta-feira, 21, em São Paulo, quando o Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugurou a exposição Ney Matogrosso.
A equipe do Aventuras na História já visitou a mostra e agora trazemos 5 motivos para você não perdê-la. Confira!
A exposição 'Ney Matogrosso' é dividia em seis partes, sendo cindo delas dedicadas a cada uma das décadas da carreira do artista: desde seu início de sucesso com o grupo musical 'Secos & Molhados', nos anos 1970; até seu álbum mais recente 'Nu com minha música', lançado em 2021.
"Durante a pesquisa [para criação da exposição], foi impressionante rever e conhecer mais sobre esse talento único, sua capacidade de seduzir os mais diferentes públicos", destaca André Sturm, diretor-geral do MIS e curador, em material de divulgação do museu.
A mostra também dedica um espaço para a cinebiografia do artista, 'Homem com H', que tem estreia marcada para o dia 1º de maio nos cinemas. Nas telonas, o ator Jesuíta Barbosa viverá Ney.
A exposição 'Ney Matogrosso' conta com elementos cenográficos que foram desenvolvidos pela Paris Entretenimento exclusivamente para o longa, assim como fotos de bastidores e muitos mais.
Performático, original, com uma voz marcante e um talento único, Ney Matogrosso segue hipnotizando multidões ao longo de suas cinco décadas de carreira, muito por conta de seus personagens e figurinos — que o tornaram um dos artistas mais importantes e reconhecidos da música nacional.
E, um dos pontos altos da exposição são justamente seus inúmeros figurinos espalhados pela área expositiva do MIS. Na parte final da mostra, aliás, o visitante adentra uma sala circular de luz arroxeada que contém 30 figurinos originais usados por Ney durante sua carreira.
Entre roupas de pedraria ou vestimentas com muita transparência e brilho, as peças fazem parte do acervo do Senac, para onde Ney as doou para que fossem devidamente preservadas.
A exposição 'Ney Matogrosso', no MIS, exibe centenas de fotografias feitas pelo artista durante suas performances (registros assinados por Ary Brandi, Daryan Dornelles, Jorge Rosenberg, Madalena Schwartz, Marcos Hermes e Thereza Eugênia) ou também durante ensaios para os lançamentos de seus álbuns.
Se aventurando pelos 50 anos de carreira do artista, a mostra também apresenta os acessórios usados por ele em palco, resgatada documentos que ajudam contar sua história e também dedica espaços para suas apresentações — como nos anos que o cantor desafiou a ditadura militar.
Além disso, cada área possui textos assinados pelo jornalista Júlio Maria, autor do livro 'Ney Matogrosso: A biografia', publicado pela Companhia das Letras em 2021.
Sem discursos nem bandeiras, Ney apenas caminhou. E o fato de seguir em pé, atravessando tempos que derrubaram muitos ao redor, tornou-se inspiração e resistência. O pai o negou nos anos 1950, a Igreja o rejeitou nos anos 1960, a ditadura o perseguiu nos anos 1970, a aids o enlutou nos anos 1980, gravadoras o desprezaram nos 1990 e a homofobia recrudescia como política de Estado o rondou no novo milênio", aponta Maria, em material de divulgação do MIS.
A exposição 'Ney Matogrosso' ainda não tem prazo para sair do cartaz, mas é sempre bom se programar devido a intensa procura por ingressos. Vale ressaltar que, às terças-feiras, o MIS possui entrada gratuita.
Já nos outros dias da semana, os valores vão de R$15 (meia-entrada) até R$ 30 (inteira). O Museu da Imagem e do Som funciona de terças às sextas das 10h às 19h; aos sábados das 10h às 20h; e nos domingos e feriados das 10h às 18h. Saiba mais informações clicando aqui!