Em uma expedição histórica, o jovem viajou por anos pelos Estados Unidos e se tornou símbolo da vida livre e do desapego
Se você perguntasse por Christopher McCandless em algum lugar dos Estados Unidos que não fosse a Califórnia, seria muito pouco provável obter uma resposta esclarecedora. Porém, se buscasse por Alexander Supertramp, você iria se deparar com histórias por todo o país. Era com esse nome de Christopher se apresentava a partir de 1990, quando sua vida mudou completamente.
Filho de donos de uma empresa de consultoria, seu pai era ex-funcionário da NASA e garantia a Christopher uma boa segurança financeira, responsável por proporcionar uma educação de qualidade e possibilitando sua entrada na Universidade de Atlanta. Quando se formou em antropologia e história, no ano de 1990, decidiu não seguir o mesmo caminho que o pai em ser um homem de negócios.
Inspirado nas obras de Leo Tostói, Hanry David Thoreau e Jack London, o jovem fazia questão de se desligar de sua rotina para um período de contemplação solitária em busca de experiências enriquecedoras. Sacou então os 24 mil dólares que havia acumulado em sua conta bancária e doou para instituições de caridade. Pegou o carro que havia comprado e saiu de casa para nunca mais retornar.
Em direção ao desconhecido, Chris tinha o único objetivo de ir para um lugar longe e distinto de todos os valores materiais, no entanto, seu veículo, um Datsun amarelo, logo teve de ser abandonado no início da viagem, por não suportar as condições adversas das estradas. Enfrentou a situação como um presente do destino e decidiu então abandonar o carro junto aos seus pertences, levando apenas o que cabia em uma mochila.
Selecionando apenas ferramentas funcionais para a vida na natureza, o jovem seguia viagem se apresentando como Alex Supertramp. O nome foi criado aleatoriamente, sendo Alexander um nome masculino e Supertramp, sua banda preferida. Com caronas e parando em diversas cidades, fez amizades por toda a América do Norte, sempre com sua personalidade forte e simpática.
As aventuras de Supertramp
Apesar de relatos, de diversas pessoas por todo o país, onde foi afirmado que o jovem era receptivo e sabia se integrar a rotina das cidades interioranas durante sua jornada, raramente falava de sua origem, mas manifestava estar decidido que iria até o Alasca.
Entre suas passagens, algumas chamam atenção; atravessou o rio Colorado em uma canoa, auxiliava moradores locais nas caças e fez amigos íntimos, pelo qual se correspondia mesmo ao deixar a cidade.
Conseguiu chegar ao Alasca após dois anos desbravando o continente, e se instalou pela cidade de Fairbanks, pela qual permaneceu mais tempo antes de sua aventura mais arriscada. Por lá, chegou a se dar tão bem que foi abrigado, sempre que necessário, em sítios de habitantes que o conheceram em uma festa da cidade. Após a estadia, decidiu partir para o Monte McKinley, pelo qual ficou fascinado ao ouvir histórias sobre.
Sendo a montanha mais alta da América do Norte, sua área era fria e de pouca atividade humana, porém, Supertramp conseguiu uma carona Jim Gallien, que o conduziu até o Parque Nacional Denali, através de um caminho que o levava ao interior do país.
Entusiasmado, Gallien afirma que o rapaz simpático falava muito sobre a expedição apesar de pouquíssimos recursos. O motorista, no entanto, não sabia que seria a última pessoa a ver o jovem vivo.
Supertramp conseguiu encontrar, próximo da Cordilheira do Alasca, um ônibus municipal abandonado. Foi onde o rapaz se abrigou e escreveu seu diário, que relatou 113 dias diferentes falando sobre os males da mente e como estava sendo para controlar os medos com as adversidades como o clima e a falta de recursos. Alimentou-se de animais que caçou e de vegetais colhidos aos arredores, mas nunca mais apresentou um sinal de vida ao mundo exterior.
Em agosto de 1992, um grupo de trilheiros e caçadores avistaram o ônibus com um pedido de socorro na porta. Ao entrar, localizaram o rapaz em decomposição e parcialmente congelado. Após a coleta e análise, foi possível concluir que McCandless estava morto há cerca de duas semanas por inanição, devido à ausência de nutrientes necessários para a vida humana.
Em 1996, sua história resultou no livro e filme, dirigido por Sean Penn, em 2007, ambos com o título "Na Natureza Selvagem", e se tornaram sucessos sobre o desligamento do materialismo. O ônibus permanece até hoje no local como um símbolo da vida livre.
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Na Natureza Selvagem, por Sean Penn (2007) - https://amzn.to/2JRHcQW
The Wild Truth: The secrets that drove Chris McCandless into the wild, por Carine McCandless (2014) - https://amzn.to/2y4vVu4
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