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Matérias / Madeleine McCann

Jovem que diz ser Madeleine McCann: O que se sabe sobre o caso?

Nos últimos dias, uma jovem viralizou nas redes sociais ao teorizar que poderia ser Madeleine McCann, criança que desapareceu em 2007

Redação Publicado em 25/02/2023, às 08h00 - Atualizado em 26/02/2023, às 11h20

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Julia e a garotinha desaparecida Madeleine McCann - Reprodução/Redes Sociais
Julia e a garotinha desaparecida Madeleine McCann - Reprodução/Redes Sociais

Nos últimos dias, uma polensa que se apresenta como Julia chamou atenção de internautas. Através de um perfil no Instagram, ela reuniu supostas evidências que mostrariam uma semelhança entre ela e Madeleine McCann, uma criança que desapareceu em Portugal, no ano 2007, enquanto viajava com os pais. Até hoje, o sumiço da garotinha representa um verdadeiro mistério. 

A conta criada por Julia mostra comparações fotográficas entre ela e Madeleine e até mesmo entre os pais da garotinha. Nas publicações, Julia também resgatou memórias que tem sobre a infância e as dúvidas que a acompanham. 

"Primeira razão... Não me lembro da maior parte da minha infância, mas minha memória mais antiga é muito forte e é sobre férias em um lugar quente onde havia praia e edifícios brancos ou muito claros com apartamentos", escreveu ela na legenda de um post. "Lembro que vi tartarugas na praia era a pequena baía, pelo que me lembro, vi tartarugas naquela época e havia outras crianças e elas tentavam tocar nas tartarugas pequenas. Não vejo minha família nesta memória". 

Em outra publicação, ela publicou o retrato falado de um suspeito do rapto de Madeleine McCan que está presente no site oficial das buscas pela garotinha. "Esta é uma pessoa que é procurada. Este desenho está no site @officialfindmadeleine Eu reconheço esta pessoa... Parece muito com meu agressor. Eu preciso que você me ajude porque a polícia me ignora. Preciso que a polícia faça um teste de DNA para mim e compare com o DNA de Madeleine. Preciso falar com Kate e Gerry McCann", escreveu Julia. 

Julia também chamou atenção dos internautas ao mostrar que ela e Madeleine tiveram coloboma, ou seja, uma malformação congênita no olho. "Por que a polícia ainda não me ouve? Por que eles não querem conversar? Tenho mesmo de falar com a Kate e o Gerry McCann! Por favor, vocês poderiam ser meus pais, eu quero saber a verdade, eu imploro, me ajudem", escreveu ela na legenda da publicação.

Com o barulho nas redes sociais, Julia conseguiu atingir o seu objetivo. Na descrição da conta, ela informou que Kate e Gerry McCann aceitaram fazer o exame de DNA. "Obrigado pelo apoio! Kate e Gerry McCann concordaram em fazer teste de DNA!", escreveu a jovem de 21 anos. 

Em um dos registros publicados por Julia, a sua família contesta a teoria levantada por ela. Em capturas de tela, a mãe diz que a jovem está "armando um circo" e que ela precisa de ajuda psiquiátrica.

"Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar", afirmou a mãe, que aproveitou para contrariar os relatos em que Julia diz que não tem registros de infância. "Você está doente, Julie. É só isso que vou dizer", escreveu ela.

Investigador se manifesta

Outra pessoa que tem destaque no caso Madeleine McCann é o investigador Francisco Marco. Ele disse não acreditar que Julia é a menina que desapareceu em 2007. Através de uma análise biométrica, ou seja, um estudo focado nas características físicas, ele acredita que a jovem não apresenta semelhanças com Madeleine.

"Fiz uma pesquisa biométrica e não há semelhança com as feições de Madeleine", afirmou o investigador Francisco Marco à rede de rádio RAC 1.

Apesar de não acreditar que Julia seria Madeleine, o investigador enfatizou que: "Posso achar que é uma fraude, mas não posso dizer sem provas”.

Ao mesmo tempo, os familiares de Julia divulgaram uma nota através de uma organização de pessoas desaparecidos, a Missing Years Ago, segundo repercutido pelos veículos Daily Star e Mirror. No comunicado, eles enfatizaram que não entendem os relatos de Julia e que também já tentaram ajudar a jovem com tratamento psicológico e remédios.

"Para nós, como família, é claro que Julia é nossa filha, neta, irmã, sobrinha, prima e sobrinha adotiva. Temos memórias, temos fotos. Júlia também tem essas fotos, porque as tirou da casa da família junto com a certidão de nascimento, além de inúmeras altas hospitalares", diz o comunicado repercutido pelos sites. "Sempre tentamos entender todas as situações que sentimos com Julia. Numerosas terapias, remédios, psicólogos e psiquiatras - Julia tinha tudo garantido".

A jovem, todavia, contesta que tenha 'delírios'. Através da conta no Instagram, conforme repercutido pelo Daily Star, Julia desabafou: "A opinião dos meus médicos, dos meus psicólogos - eu não tenho nenhuma ilusão. Eu não tenho algo assim", declarou a polonesa, que acrescentou que os médicos podem provar que ela não é "uma pessoa que tem delírios". 

Teste de DNA

Julia, que desabafou sobre os ataques que recebe atualmente na internet, também revelou que a sua família não aceitou fazer um exame de DNA. Segundo o The Sun, conforme repercutido pelo O Globo, os pais de Julia se recusaram o pedido. 

A informação foi revelada pela médium Fia Johansson, que auxilia Julia após a repercussão do caso nas redes sociais. “Queremos ser muito respeitosos com a família McCann e com a privacidade deles enquanto não sabemos exatamente quem é Julia”, disse ela. "Meu sentimento é que precisamos forçar a mãe ou um membro da família de Julia a fazer o teste de DNA, em vez de perturbar a paz de Kate e Gerry [pais da menina desaparecida], o que não é necessário", continuou Fia. “Se um membro atual da família fizer um teste de DNA, podemos resolver isso. Mas eles estão se recusando”.