Lúcio considerava-se a reencarnação de um semideus e seu reinado foi marcado por surtos e brutalidade
Nascido em agosto de 161, Lúcio Aurélio Cômodo já tinha o título de César aos 5 anos. Filho do imperador Marco Aurélio e de Faustina, cresceu sendo considerado herdeiro oficial do trono — o último da disnastia de Antonina.
Mesmo com o reinado garantido, Lúcio marcou a história como um dos piores imperadores romanos e ficou conhecido por demonstrar uma personalidade muito forte. Logo que tomou o poder, depois da morte de seu pai, o mandante demonstrou certa insanidade em diversos momentos.
Os surtos
Considerando-se a pessoa mais poderosa de toda Roma, Lúcio quis mudar o nome de seu império para Colonia Commodiana. Chegou até a exigir que o povo romano se autodeclarasse comodiano. Ele tentou, inclusive, substituir os nomes dos meses pelos seus próprios, fossem eles oficiais ou títulos e honrarias que recebia do senado.
Excêntrico, Cômodo pensava ser a reencarnação de Hércules, o semideus filho de Zeus. Ele imaginava ter a mesma força e bravura do personagem histórico, demonstrando-as em performances no Coliseu — enfrentava de pessoas a animais, chegando até mesmo a matar 100 leões.
De forma ainda mais performática, ele reencenava lutas de Hércules, mandando amarrar deficientes físicos para, então, massacrá-los. Sacrifícios humanos também eram comuns em seu reinado, considerando que ele os oferecia em nome de Ísis, a deusa que adorava.
Seu reinado, porém, não durou tanto quanto ele gostaria. Em 192, quando o imperador já era pouco querido pelo povo, Cômodo foi morto, estrangulado no banho por um campeão de lutas chamado Narciso.
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