A morte do ativista sul-africano resultou num luto nacional de cerca de dez dias no seu país de origem, período marcado por diversas homenagens em memória do ícone global
Nelson Mandela é um dos grandes nomes da humanidade que fez história no mundo. Ele foi o ativista mais famoso na luta contra o Apartheid na África do Sul, seu país de origem, e propagou sua luta anticolonialista e antirracista para todo o globo, combatendo a desigualdade social e promovendo a paz mundial.
Sendo homenageado com cerca de 250 prêmios durante sua vida, incluindo o Nobel da Paz, que ganhou em dezembro de 1993, a personalidade de Mandela encantou muitos.
Contudo, o homem também enraiveceu aqueles que não concordavam com a sua ideologia. Em seu país, por muitos anos foi perseguido, tendo vivido parte da sua vida adulta na cadeia.
Mandela, na época, tinha a pior classificação entre os prisioneiros – classe D. Significava que só podia receber uma única visita ou correspondência a cada seis meses. Não poderia, nessa época, ler jornais ou ter qualquer outro contato com o mundo além daqueles muros.
A todo esse sofrimento, Nelson Mandela resistiu com uma força interior extraordinária. Quando percebia que estava a ponto de perder toda a esperança, repetia para si um pequeno poema vitoriano, Invictus, escrito em 1875 pelo inglês William Ernest Henley, que termina assim: “Além deste lugar de ira e lágrimas / Somente o horror das trevas eu vejo / E ainda assim a ameaça dos anos / Me encontra, e sempre me encontrará, sem medo / Não importa quão estreito o portão / Nem quanto minha sentença é de punições carregada / Eu sou o mestre do meu destino / Eu sou o capitão da minha alma”.
Depois anos aprisionado, acusado de liderar um movimento contra o sistema segregacionista, o homem pôde finalmente ser libertado. A partir desse momento, continuou seu ativismo, e dessa vez ele não perdeu as oportunidades.
Transição política
Nelson iniciou uma transição política que evitou uma guerra civil na África do Sul, e o levou a ser o primeiro presidente do país eleito democraticamente. Ao tomar posse em 10 de maio de 1994, aos 75 anos, entrou para a História mais uma vez.
Instituindo uma nova Constituição e consolidando a democracia, seu governo deu fim ao sistema do Apartheid, que funcionava desde 1948.
Além disso, abriu o país para o turismo, trabalhou em reformas econômicas e propagou políticas públicas contra a desigualdade. Em 1999, seu mandato na presidência acabou, mas ele continuou sendo influência mundial e teve uma longa vida.
Mandela faleceu aos 95 anos, devido uma infecção respiratória, em 5 de dezembro de 2013. Instantaneamente depois do anúncio de sua morte, um luto nacional se instalou na África do Sul. O período que durou 10 dias foi marcado por diversas homenagens em memória do líder.
Com todas as bandeiras dos prédios do governo hasteadas a meio mastro, em respeito aos grandiosos atos de coragem do primeiro chefe de estado negro do país, o povo sul-africano respeitava o seu tempo de superação, e celebrava então a partida do homem que deu voz à sua nação.
O portão de sua casa se enchia de fotos, bandeiras sul-africanas, flores e velas, sendo local de vigília para várias pessoas. No dia 8 de dezembro, o país também parou, sendo declarado um dia especial para orações e reflexões sobre a vida do "pai da nação", como era considerado.
Em 10 de dezembro, um serviço fúnebre do estado foi realizado no Estádio FNB , em Joanesburgo. Neste dia, cerca de 170 líderes de países do mundo todo estiveram presentes no evento, incluindo 91 chefes de estado e de governos estrangeiros, cerca de 90 representantes governamentais, líderes de 20 organizações internacionais e dezenas de celebridades.
O funeral oficial foi realizado em 15 de dezembro, em Qunu, no Cabo Oriental, onde compareceram aproximadamente 4.500 pessoas durante a cerimônia.
Não é de se surpreender que até hoje Nelson Mandela é lembrado com respeito e carinho pelo povo sul-africano e por seus simpatizantes do mundo todo.
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