O servo foi um dos principais suspeitos pelo assassinado do soberano em 54 d.C., mas nunca foi acusado pelo ato fatal
O imperador romano Tibério Cláudio César Augusto Germânico, quarto membro da dinastia Julio-Claudiana, sempre teve diversos mordomos a seu favor. Entretanto, Halotus era o eunuco mais próximo do rei.
Desde criança, o futuro monarca sempre foi considerado uma pessoa brilhante. Ao ascender no trono, tornou-se um dos melhores governantes e estrategistas militares. Não obstante, ele era muito adorado pelo seu povo.
Não foi surpresa quando a população se abalou com sua morte em 54 d.C. Com o passar do tempo, a sociedade exigiu um culpado pela morte do querido imperador, já que ele havia sido envenenado.
A principal dupla suspeita
O trabalho de Holotus era muito diverso. Dessa maneira, o homem foi até mesmo o provador oficial do imperador. A fim de conferir se a comida estava apta para ser consumida por Cláudio, ele experimentava uma pequena porção de cada refeição.
Além disso, sua proximidade com a família real era duvidosa. Existem pesquisadores que afirmam a existência de um relacionamento amoroso entre o servo e Agripina, esposa do monarca. Contudo, acredita-se que a ideia inicial tenha sido da mulher, enquanto Holotus colaborou com o plano maligno.
Embora a morte de Cláudio não contribuísse na vida do servo, a vantagem política de Agripina ficou explícita. Devido a morte de seu marido, Nero, filho da então imperatriz, reivindicaria o trono.
Dessa maneira, Agripina esperou pela ocasião certa para relatar a morte do marido. Quando o momento foi favorável, contou à Guarda Pretoriana, e essa escoltou seu filho para ascender ao cargo de Imperador.
Mesmo com forte oposição dos romanos, Halotus e Agripina não foram executados. Além disso, Nero assumiu o poder e permitiu que o homem continuasse em seu reinado — a viúva de Cláudio também foi poupada.
Outros cidadãos acreditavam na morte natural do rei, já que, na época, nunca foi claro como o crime aconteceu. Entretanto, mais tarde, historiadores disseram que era muito provável que o veneno estivesse nos cogumelos, já que o monarca era um grande apreciador do alimento.
A morte de Halotus
O servo morreu por volta do século 1 e nunca foi realmente acusado pelo crime. Além disso, no momento de sua morte, ele ainda era considerado parte do governo do imperador Sérvio Sulpício Galba, sucessor de Nero.
Dessa maneira, o procurador pôde recuperar parte do apoio do público e acumulou certa fortuna. O motivo de sua morte nunca foi revelado e há controvérsias sobre a data de seu falecimento.
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