Na última semana, ex-companheiro de cela de Christian Brückner fez revelação que chama atenção no caso do suspeito de sequestrar Madeleine McCann
Publicado em 02/10/2024, às 20h00
Nesta quarta-feira, 2 de outubro, a Promotoria alemã pediu a prisão de Christian Brückner, principal suspeito do desaparecimento da jovem britânica Madeleine McCann — que desapareceu em Portugal em 2007, aos três anos —, condenado a uma sentença de 15 anos.
Vale mencionar, porém, que a condenação não possui relação direta com o caso de Madeleine. Em vez disso, Brückner, que hoje tem 47 anos, está sendo julgado por uma série de agressões sexuais e estupros cometidos em Portugal entre 2000 e 2017, conforme repercute a AFP.
Mas, em 2020, o nome de Christian Brückner chamou atenção, depois que a Justiça alemã o declarou como suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, que teve repercussão mundial e movimentou uma campanha internacional para encontrá-la. Vale destacar, no entanto, que ele não foi formalmente acusado pelo sumiço da criança.
Na última semana, outro acontecimento conectado ao caso chamou atenção. Um ex-companheiro de cela de Brückner alegou que o alemão já teria confessado ter sequestrado uma menina em Portugal, em uma descrição que condiz com o caso de McCann.
Segundo o Metro, Brückner já estava sendo julgado em Braunschweig, na Alemanha, acusado de cinco crimes, entre eles três acusações de estupro em Portugal entre 2000 e 2017, todos perto de onde Madeleine McCanndesapareceu, em maio de 2007, na Praia da Luz, em Algarve, Portugal, onde estava no apartamento de férias com a família.
Na última quarta-feira, 25 de setembro, um ex-companheiro de cela de Brückner, chamado Laurentiu Codin, disse em um julgamento que o alemão lhe confessou ter sequestrado uma criança em Algarve, enquanto esteve por lá, e o pouco que informou sobre o episódio, sem mencionar o nome de Madeleine, se parece muito com a descrição do caso da menina britânica.
"Ele me disse que em Portugal, ele tinha roubado lá. Ele estava em uma região onde há hotéis e pessoas ricas vivem", relatou Codin. "Ele disse que havia um lugar com uma janela aberta, ele me contou isso. Ele estava procurando dinheiro".
Ele disse que não encontrou dinheiro algum, mas encontrou uma criança e levou a criança. Ele disse que duas horas depois, havia policiais e cães por todo o lugar, então ele foi embora, para fora da área", acrescenta o ex-colega de cela de Christian Brückner, no julgamento.
Segundo Codin, Brückner havia lhe "confidenciado" o que fez enquanto estavam presos preventivamente juntos. "Ele disse que levou a criança para Portugal em seu carro e, no momento em que a polícia e os cães estavam na casa, ele foi embora e desapareceu. Ele me perguntou se o DNA de uma criança pode ser retirado de ossos debaixo da terra", disse Codin.
Por fim, Codin também mencionou que Brückner provavelmente lhe contou a informação, pois pensava que ele também era pedófilo. "Havia uma conversa sobre uma garota, não sei se o que ele disse era verdade ou não. Ele disse que tinha um ônibus e que a tinha levado com ele. Ele disse que ficou com algumas delas, mas não com outras, mas ele nunca disse que as tinha matado".
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Vale mencionar que um dos casos pelos quais Brückner estava sendo julgado envolve o abuso sexual de uma menina alemã de 10 anos em uma praia portuguesa, poucos meses antes do desaparecimento de Madeleine.
Ele também já cumpria pena de sete anos por estuprar uma americana de 72 anos na Praia da Luz, local onde a família McCann estava hospedada, e é acusado de estuprar uma mulher septuagenária, uma jovem de 14 anos e uma irlandesa de 20 anos em Portugal.
Estamos falando de meninas, não de meninos. Não todas de uma vez, sempre uma de cada vez. Ele me contou sobre duas. Ele disse que tinha pegado alguém, feito sexo com ela, mas não a matou", afirmou Codin.
No entanto, quando questionado pelo juiz sobre a idade que a vítima em questão teria, Codin apenas disse que sabia que "era muito jovem". Brückner, entretanto, segue negando todas as acusações contra ele, e o julgamento ainda será continuado.
