A aparição do homem na Terra é extremamente recente, porém, causou maior impacto que qualquer outra espécie
Redação Publicado em 12/01/2025, às 18h00
Os ossos nos contam detalhes sobre nossas origens mais remotas. Há quase 200 mil anos, não éramos muito diferentes de nossos parentes, como o Homo neanderthalensis, o Homo erectus e o Homo heidelbergensis.
Vivíamos na África, caçávamos com lanças de bambu, subíamos em árvores para colher frutos e corríamos para não virar presa de animais maiores. Também aprendemos uma coisa ou outra com esses outros tipos de gente.
Os neandertais, por exemplo, já sepultavam seus mortos em 60.000 a.C., 40 mil anos antes de nós. Mas nossa espécie era mais empreendedora. Produzimos melhores armas e ferramentas, dominamos a agricultura, domesticamos os animais, aprendemos a contar e a falar.
O jogo ficava cada vez mais favorável a nós. Ao desenvolver a escrita, por volta de 3.800 a.C., estávamos prontos para dominar o mundo — milhões de anos depois que os maiores “donos” do planeta, os dinossauros, desapareceram repentinamente.
Nuvens de gás e poeira vindas da explosão de estrelas se aglomeram e formam planetas, entre eles a Terra. A radiação solar, os gases liberados pela intensa atividade dos vulcões e espetaculares descargas elétricas começam a formar a atmosfera e os oceanos.
Surgem substâncias como água, gás carbônico, metano e cianeto. Da combinação deles, nascem as primeiras formas de vida; 1,5 bilhão de anos depois, elas evoluem para organismos multicelulares. Começa a produção de oxigênio, o que permite a vida fora da água.
Depois de reinar absolutos por 150 milhões de anos, os dinossauros desaparecem da face da Terra, em consequência da provável queda de um asteroide no Golfo do México. A catástrofe dos répteis abre caminho para o florescimento dos mamíferos.
Surgem na savana hominídeos com o cérebro quase do tamanho do nosso. Eles mediam entre 1,30 m e 1,70 m. Exterminaram os concorrentes mais simiescos com facilidade. Viveram pelo menos 1,5 milhão de anos. A data exata de sua extinção é controversa.
Por volta de 190.000 a.C. surge o Homo sapiens, na região da Etiópia. Era um descendente do Homo heidelbergensis — que por sua vez era parente do erectus, mas com cérebro maior. Um pouco antes, nasce nosso “primo” e futuro inimigo: o neandertal.
Começa uma longa era glacial. Com o frio, os seres do planeta iniciam fluxos migratórios intensos. O homem desenvolve roupas, ferramentas e armas para melhor enfrentar as duras condições de vida. Passa a usar o fogo com maior intensidade e domestica alguns animais.
Nossos ancestrais partem do centro da África em direção à Etiópia, e seguem para a Arábia Saudita, a Índia e a Austrália — é o que mostra a presença de um gene comum aos povos que hoje habitam essas regiões. O homem desenvolve a linguagem.
Na região do atual Iraque, são construídas as primeiras casas, feitas de palha, madeira e barro cozido. A culinária melhora. Surge o primeiro cookie, feito de grãos, água e massa.
Antes de ler e escrever, o homem aprende a contar — para controlar a posse de animais e terras. Escavações no Iraque encontraram pedras numeradas de 11 mil anos.
Entre o Iraque e Israel, o homem começa a cultivar a terra e a domesticar ovelhas, cabras, vacas e porcos. As plantações mais antigas são de centeio e cevada.
A invenção do torno de cerâmica coincide com outras inovações do período, como os primeiros artefatos de pedra polida, transformados em braceletes e colares.
Entre os rios Tigre e Eufrates, os sumérios começam a erguer grandes vilas. Cada povoado é regido por um líder tribal, escolhido entre os principais clãs. A cidade de Uruk, que floresceu entre os anos 3800 e 3200 a.C., chegou a ter 45 mil habitantes, uma megalópole para a época. Historiadores consideram a Suméria a primeira civilização da Terra.
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