Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / O Mágico de Oz

O Mágico de Oz: 5 fatos terríveis sobre os bastidores do filme

Um dos maiores clássicos da história do cinema, 'O Mágico de Oz' teve a produção marcada por uma série de polêmicas e controvérsias; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 12/01/2025, às 19h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cena de 'O Mágico de Oz' (1939) - Reprodução/Loews Cineplex Entertainment
Cena de 'O Mágico de Oz' (1939) - Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

Um dos maiores clássicos do cinema norte-americano, 'O Mágico de Oz' chegou às telonas em 1939, levando a Hollywood o fantástico mundo criado por L. Frank Baum. O longa foi dirigido por Victor Fleming, e quem ficou eternizada como a protagonista Dorothy Gale foi a jovem atriz Judy Garland.

Na trama, a jovem Dorothy vive uma vida bastante comum no Kansas, até que um tornado atinge a região e a transporta para um lugar mágico chamado Oz. Lá, ela tenta encontrar o poderoso bruxo que poderá levá-la de volta para sua casa — acompanhada por um leão covarde, um espantalho sem autoestima por não ter um cérebro e um homem de lata que chora por não ter coração.

Embora hoje seja lembrado como um grande clássico cinematográfico, com uma trama envolvente, fantástica e verdadeiramente mágica, 'O Mágico de Oz' também é muito mencionado como uma produção marcada por uma série de imprevistos e conturbações em seus bastidores. Confira a seguir 5 fatos terríveis que aconteceram nos sets do filme:

1. Fantasia do Leão

Bert Lahr como o Leão Covarde em 'O Mágico de Oz' (1939) / Crédito: Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

Hoje, Hollywood conta com todo tipo de artifício para tornar cada vez mais reais os efeitos práticos, digitais e maquiagens de seus atores. Mas há mais de 80 anos, não era bem assim; e por conta disso, uma curiosidade bastante chocante sobre 'O Mágico de Oz' é que a fantasia do Leão Covarde (interpretado por Bert Lahr) foi feita com pelo de um leão de verdade.

Por conta do peso da fantasia, além das luzes extremamente quentes utilizadas nos sets de filmagem da época, Lahr suava muito com o traje, que até mesmo precisava ser colocado em um recipiente de secagem industrial todas as noites para secar. Mesmo com esse passado nojento, o traje original foi arrematado em um leilão em 2014 por US$ 3 milhões, conforme repercute a Vanity Fair.

2. Problemas com maquiagem

Homem de lata em 'O Mágico de Oz' / Crédito: Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

Certamente interpretar o Homem de Lata foi um ponto alto na carreira de Jack Haley, mas algo que nem todos sabem é que o ator não foi a primeira opção para o personagem. O primeiro escalado para o papel foi Buddy Ebsen, mas devido a problemas com a maquiagem que precisava utilizar, ele acabou sendo substituído.

Isso porque a maquiagem que Ebsen utilizou em sua caracterização era feita de puro pó de alumínio, o que lhe causou uma intoxicação que até mesmo fez com que precisasse ser hospitalizado. Como sua recuperação não foi rápida o suficiente, ele acabou sendo substituído por Haley — que também teve problemas com a maquiagem, que foi alterada mas ainda continha alumínio, sofrendo uma infecção no olho, mas que conseguiu tratar sem perder o papel.

3. Neve tóxica

Cena da neve em 'O Mágico de Oz' (1939) / Crédito: Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

E se uma maquiagem que causa intoxicação por alumínio não basta, 'O Mágico de Oz' também expôs a jovem Judy Garland, na época com apenas 16 anos, a outro objeto cenográfico nocivo: a neve projetada por Glinda, a Bruxa Boa.

Isso porque, antes de adotar os efeitos digitais, equipes de filmagem em sets precisavam utilizar-se de efeitos práticos para simular neve. E para isso, era bastante comum, nos anos 30, a utilização de amianto crisotila, uma substância que hoje é conhecida por poder causar diversas doenças, em especial aumentar o risco de câncer.

4. Bruxa em chamas

Bruxa Má do Oeste em 'O Mágico de Oz' (1939) / Crédito: Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

Sabemos que em 'O Mágico de Oz', a Bruxa Má do Oeste é derrotada depois que Dorothy joga um balde de água nela, que a derrete. Mas curiosamente a atriz responsável pela vilã, Margaret Hamilton, quase teve um destino trágico por outro motivo: o fogo.

Enquanto filmavam uma cena em que a bruxa desaparece em meio à fumaça, a equipe de efeitos começou a atirar antes que Hamilton saísse completamente do palco em segurança. Para seu infortúnio, chamas atingiram sua vassoura e chapéu, lhe causando ferimentos bastante graves por todo o rosto e em outras partes do corpo. Após esse incidente, ela precisou de seis semanas para se recuperar, e ainda assim precisou usar luvas verdes em vez de maquiagem, pois os nervos de sua mão ainda estavam expostos.

5. Outro incêndio?

Cena de 'O Mágico de Oz' (1939) / Crédito: Reprodução/Loews Cineplex Entertainment

Com o incidente mencionado anteriormente, Hamilton até pensou em processar o estúdio, mas optou por não fazê-lo "pela simples razão de que eu queria trabalhar novamente", relatou na época. Porém, o estúdio ainda ficou em cima, mesmo com o episódio traumático, ligando para ela logo no dia seguinte perguntando quando ela voltaria ao set.

E depois de retornar ao set, ela foi convidada a filmar mais uma cena de incêndio. Traumatizada, ela se recusou a participar da façanha; mas sua sósia, Betty Danko, aceitou. E mais uma vez, as chamas atingiram a vassoura e culminaram em um pequeno incêndio, que a levou a passar 11 dias no hospital para se recuperar dos ferimentos — e tendo recebido um cachê de apenas US$ 35 pelo dia de trabalho.

Leia também:O Mágico de Oz: Veja fatos e mitos sobre os trágicos bastidores do filme