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Notícias / Pré-História

Confira a nova teoria que tenta explicar a extinção dos Neandertais

Conforme sugere novo estudo, o cruzamento com o Homo sapiens, seu parente de um grau acima na linha evolutiva, seria a chave para entender seu fim

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 14/12/2024, às 12h00 - Atualizado às 15h20

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Reconstituição facial de Neandertal - Getty Images
Reconstituição facial de Neandertal - Getty Images

Um estudo recente publicado na revista científica Paleo Anthropology sugere que o cruzamento entre neandertais e Homo sapiens pode ter sido um fator crucial na extinção do grupo mais antigo de hominídeos.

De acordo com os pesquisadores Lucile Crete e Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, essa interação genética teria acarretado uma reprodução entre os próprios neandertais, enfraquecendo sua população até seu desaparecimento.

“Durante muito tempo, a teoria predominante era a competição por recursos entre as duas espécies”, explicou Creta à BBC. Contudo, uma pesquisa indica que não foi a violência ou o confronto direto o responsável pelo desaparecimento dos neandertais, mas sim a integração genética.

Segundo Stringer, “a reprodução regular entre neandertais e Homo sapiens poderia ter levado à erosão de sua população, contribuindo para a extinção”.

Genoma

O estudo também reforça que o DNA dos neandertais está presente em todos os humanos modernos, incluindo pessoas de ascendência africana, cujas origens ancestrais sequer tiveram contato direto com eles. Em média, indivíduos fora da África carregam cerca de 2% de material genético neandertal.

Neandertais e Homo sapiens evoluíram de um ancestral comum há cerca de 600 mil anos, mas em diferentes regiões: enquanto os neandertais se desenvolveram na Europa e na Ásia, os Homo sapiens surgiram na África.

Porém, descobertas recentes indicam que as duas espécies coexistiram na Europa por cerca de 50 a 60 mil anos, um período maior do que foi mencionado anteriormente, repercute o g1.

Representação de face humana e face neandertal / Crédito: Getty Images

O estudo observou que o fluxo genético entre as espécies parece ter sido unidirecional, ou seja, o DNA dos neandertais foi incorporado ao genoma do Homo sapiens, e não o contrário.

Creta aponta que essa hibridização não é incomum na natureza, mas pode ser desigual: “Em algumas espécies de aves e mamíferos, a hibridização nem sempre gera descendentes férteis nos dois sentidos”.

Os pesquisadores analisam 32 genomas neandertais já sequenciados e esperam que mais fósseis possam ser encontrados para aprofundar as investigações. “Quanto mais material genético podemos estudar, maior será nossa compreensão sobre o impacto desse cruzamento nas populações antigas”, concluiu Creta à BBC.