Em 1999, ele protagonizou um assalto à mão armada nos EUA — mas esperou ordens oficiais que nunca chegavam
Em 15 de agosto de 1999, Cornealious Michael Anderson III estava armado com um comparsa próximo a um caixa eletrônico, rendendo um gerente de uma unidade do restaurante Burger King e levando aproximadamente 2 mil dólares durante um depósito, em Missouri, nos EUA, como noticiou o jornal Riverfront Times.
Uma das testemunhas conseguiu observar a ação e anotou o número da placa do carro onde a dupla fugiu, entregando para a polícia. O veículo, registrado no nome de Anderson, foi encontrado no dia seguinte em um estacionamento, mas o criminoso só reapareceu dois meses depois, sendo detido na casa de sua namorada.
O julgamento do jovem, na época com 22 anos, começou em março de 2000, sendo enquadrado por assalto à mão armada.
A investigação não conseguiu encontrar a arma usada no crime, mas um folheto promocional que acompanhava a caixa das armas serviu como evidência para ser considerado culpado e condenado a cumprir 13 anos de regime fechado. No entanto, jamais cumpriria a pena.
Em algum momento da tramitação de seu processo para a Suprema Corte estadual, erros desconhecidos de comunicação fizeram com que o departamento prisional de Missouri registrasse Anderson como um condenado que já estava preso, mesmo não estando. Com tal confusão, ele prosseguiu a vida normalmente por anos em liberdade, mesmo com o registro carcerário apontando que ele era um dos internos.
Em entrevista ao Today, ele explicou que prosseguiu a vida e casou-se, tendo quatro filhos no relacionamento e trabalhando normalmente, além de treinar um time de futebol americano infantil nas horas vagas. Durante o período, renovou a carteira de habilitação, votou normalmente e chegou a apresentar comprovante de endereço para abrir uma microempresa. Era um novo homem.
Ele ainda acrescentou que, depois do susto, parou de beber e, nos anos iniciais, evitava frequentar lugares onde poderia ser pego, até notar que ninguém o parava em procedimentos burocráticos: "Talvez eles tenham, simplesmente, apagado a lousa". A orientação de seu advogado era simples; se o estado descobrisse o erro, era trabalho deles encontrá-lo.
Um ano antes de "ser libertado" da sentença de 13 anos, a prisão recebeu uma notificação para preparar a saída do detento. Ao tentar localizá-lo, notou que Anderson não fazia parte de nenhuma cela, além de nunca ter tido históricos de briga, solicitações ou bom comportamento da cadeia, de acordo com a BBC. O erro fora descoberto.
Em julho de 2013, uma equipe policial foi enviada para o local onde, por anos, ele apontou como sua residência, sendo preso sem resistência. Devido ao crédito de tempo cumprido em sociedade e negociado com a justiça de Missouri, ele cumpriu apenas 10 meses da pena, sendo libertado no início de 2014.
A justificativa de sua defesa apontou que não houve reincidência de crime, além de provar que ele conseguiu se reinserir na sociedade e ser um cidadão regular, tendo mais de 35 mil assinaturas para sua libertação durante o período preso.
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