Em junho, um grupo encontrou dois corpos enquanto faziam uma live na plataforma. Agora, as autoridades buscam pistas que possam solucionar esse misterioso e polêmico caso
Em 20 de junho deste ano, um grupo de jovens transmitiu um passeio por uma praia de Seattle, nos Estados Unidos, pelo TikTok. Um episódio, até então, comum. Durante a excursão, enquanto socializavam no calçadão, avistaram algo estranho jogado entre as pedras: se de pararam com duas malas.
Dentro delas havia sacos de plástico que envolviam os restos de dois cadáveres. Logo, as imagens se espalharam rapidamente pelo mundo e o vídeo bateu a marca de cinco milhões de curtidas na rede social. No entanto, apesar do aparente sucesso, as imagens geraram polêmica.
O contexto da descoberta
Enquanto transmitiam o passeio, o grupo de jovens usava um aplicativo chamado Randonautica, que dispõem aos usuários um código com uma localização aleatória. Segundo o site da desenvolvedora, o app coloca seus usuários “na cadeira do diretor de uma aventura a ser escrita”.
Eles ainda dizem que quem o utiliza pode “quebrar a rotina mundana e ter uma jornada aleatória no mundo ao redor de si mesmo”. No entanto, o Randonautica também explicita que não se responsabiliza pelo que é achado ou descoberto durante a 'aventura'.
Com as coordenas em mãos, o grupo partiu em busca da “missão” definida pelo app. Assim, no vídeo mostrado na plataforma, os adolescentes aparecem intrigados tentando descobrir o que há dentro das malas, que estavam próximas as suas coordenadas.
Logo em seguida, uma delas é mostrada aberta e uma menina que estava com o grupo aparece ligando para os policiais, em virtude do forte cheiro que sai de dentro do compartimento. Felizmente, o vídeo não chega a revelar os corpos.
Conforme divulgado pela BBC, as vítimas foram identificadas como Jessica ‘Jessie’ Lewis, de 35 anos, e Austin ‘Cash’ Wenner, de 27. Sabe-se que Jessica era mãe de quatro filhos. Além disso, as famílias ofereceram uma recompensa de 10 mil dólares para quem fornecer mais informaçoes sobre o crime.
De acordo com a polícia, os corpos estavam com diversas entradas de balas. Em junho, as autoridades de Seattle abriram uma investigação para apurar o crime e também apelam ao público para obter mais informações. Por enquanto, não há mais atualizações sobre o caso.
Após a polêmica, o Randonautica se pronunciou e afirmou que app não tem como intenção fazer com que as pessoas encontrem algo perturbador. “Nossa primeira reação foi checar se os adolescentes estavam bem. Enviamos uma mensagem informando que a intenção da Randonautica não é encontrar algo perturbador como aconteceu”.
O porta-voz do aplicativo disse que as coordenadas do Randonautica são “verdadeiramente aleatórias” e “não têm como interceptar ou fornecer locais específicos”. “As coordenadas são aleatórias, portanto, é responsabilidade do usuário se aventurar com segurança”, explica.
As controvérsias
Desde que o vídeo viralizou, a tia de Jéssica, Gina Jaschke, pediu a remoção das filmagens da plataforma. Por outro lado, o TikTok não concordou, alegando que o vídeo não viola suas diretrizes. O episódio gerou um enorme debate sobre a violação de privacidade, todavia, o cenário não mudou.
"Esse vídeo se tornou viral e não há nada que possamos fazer para mudar isso", disse Gina em entrevista à BBC. Apesar das polêmicas, ela agradeceu aos adolescentes que encontraram os corpos, afinal, sem eles, as famílias jamais saberiam o que realmente havia acontecido com Jessica e Austin.
Porém, ela explica o motivo de pedir a retirada do vídeo do TikTok. "Naquele momento, pensei que eles [TikTok] tomariam a decisão mais acertada. Que esses corpos que foram encontrados nessas sacolas, nessas malas, que cheiravam horrivelmente, que eles tinham rostos agora que podiam ver. E esses rostos pertenciam a pessoas. E pensei que eles também saberiam se tratar de pessoas. E eles o removeriam por respeito."
Entretanto, vídeo permanece disponível pois, segundo a plataforma, não violar suas diretrizes “porque não inclui imagens dos restos mortais”.
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