"À Solta: Amor em Fuga" conta a história de detento que conseguiu escapar da cadeia com auxílio de uma agente penitenciária
Um caso bizarro de fuga ocorrido nos EUA no ano de 2022 é tema de um novo documentário da Netflix. "À Solta: Amor em Fuga", lançado nesta quarta-feira, 25, conta a história do prisioneiro Casey Cole White, que, com a ajuda de uma agente penitenciária, conseguiu escapar da Cadeia do Condado de Lauderdale, Alabama.
A fuga, que ocorreu em 29 de abril de 2022, foi marcada por uma incessante busca, que durou 11 dias e terminou de maneira trágica. Saiba, a seguir, detalhes sobre a história.
Casey White, de 41 anos, cumpria pena no Centro Correcional William E. Donaldson, mas acabou sendo transferido para Centro de Detenção do Condado de Lauderdale em 2020, depois de confessar o assassinato da moradora de 59 anos de Rogersville, Connie Ridgeway, num crime ocorrido em 2015.
Foi no novo local — onde cumpria sentença de 75 anos por uma série de crimes violentos, incluindo invasão de domicílio, roubo de carros e tiroteios — que o americano conheceu Vicky White, uma mulher de 56 anos que atuava como assistente de correções no Centro de Detenção há 17 anos.
Dedicada, Vicky chegou a ser nomeada "Funcionária do Ano" quatro vezes e estava em seu último dia de trabalho antes de sua aposentadoria quando cometeu o crime.
De acordo com informações da Revista Time, em razão do histórico da funcionária, seus colegas custaram a acreditar que ela teria qualquer participação na fuga e levantaram a hipótese de que tivesse sido feita refém. No entanto, logo surgiram evidências de que ela havia, na verdade, ajudado Casey voluntariamente.
Câmeras de vigilância e conversas telefônicas gravadas revelaram que Vicky e Casey mantinham um relacionamento romântico secreto e planejavam escapar juntos.
Vicky, descrita por colegas como solitária e emocionalmente vulnerável após a morte do ex-marido e de um noivo em acidentes distintos, parecia ter encontrado em Casey um confidente.
O documentário, então, lança luz sobre a relação entre funcionária e presidiário por meio de entrevistas com ex-colegas de trabalho de Vicky, detentos que conheciam Casey e investigadores do caso.
Detentos como Tyler Purser descreveram Casey como um homem "charmoso" e manipulado por Vicky. Eles alegam que o casal mantinha encontros íntimos enquanto Casey estava na prisão e que todos já suspeitavam do relacionamento.
Quando a fuga aconteceu, a polícia logo percebeu que não se tratava de um sequestro. Vicky alegou que estava levando Casey para uma avaliação de saúde mental, mas tal consulta nunca foi marcada.
A fuga foi planejada, e Vicky já havia vendido sua casa e se preparado para viver como fugitiva. O casal deixou o presídio em um Ford laranja e o abandonou sete dias depois, quando comprou outro veículo para continuar com sua fuga.
A caçada terminou em Evansville, Indiana, quando a polícia localizou Casey e Vicky em um motel. O casal até tentou escapar, mas acabou jogando o carro numa vala. Os airbags do veículo dispararam e Vicky, então, atirou em si mesma. Casey se rendeu e pediu à polícia que verificasse sua companheira.
Casey White foi posteriormente condenado por fuga em primeiro grau e enfrenta uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional até 2081.