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Matérias / "À Solta: Amor em Fuga"

"À Solta: Amor em Fuga": A história por trás do documentário da Netflix

"À Solta: Amor em Fuga" conta a história de detento que conseguiu escapar da cadeia com auxílio de uma agente penitenciária

por Giovanna Gomes
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Publicado em 25/09/2024, às 19h00

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Vicky e Casey White - Divulgação/Youtube
Vicky e Casey White - Divulgação/Youtube

Um caso bizarro de fuga ocorrido nos EUA no ano de 2022 é tema de um novo documentário da Netflix. "À Solta: Amor em Fuga", lançado nesta quarta-feira, 25, conta a história do prisioneiro Casey Cole White, que, com a ajuda de uma agente penitenciária, conseguiu escapar da Cadeia do Condado de Lauderdale, Alabama.

A fuga, que ocorreu em 29 de abril de 2022, foi marcada por uma incessante busca, que durou 11 dias e terminou de maneira trágica. Saiba, a seguir, detalhes sobre a história.

Na prisão

Casey White, de 41 anos, cumpria pena no Centro Correcional William E. Donaldson, mas acabou sendo transferido para Centro de Detenção do Condado de Lauderdale em 2020, depois de confessar o assassinato da moradora de 59 anos de Rogersville, Connie Ridgeway, num crime ocorrido em 2015.

Foi no novo local — onde cumpria sentença de 75 anos por uma série de crimes violentos, incluindo invasão de domicílio, roubo de carros e tiroteios — que o americano conheceu Vicky White, uma mulher de 56 anos que atuava como assistente de correções no Centro de Detenção há 17 anos.

Dedicada, Vicky chegou a ser nomeada "Funcionária do Ano" quatro vezes e estava em seu último dia de trabalho antes de sua aposentadoria quando cometeu o crime.

O Centro de Detenção do Condado de Lauderdale / Crédito: Divulgação/Netflix

De acordo com informações da Revista Time, em razão do histórico da funcionária, seus colegas custaram a acreditar que ela teria qualquer participação na fuga e levantaram a hipótese de que tivesse sido feita refém. No entanto, logo surgiram evidências de que ela havia, na verdade, ajudado Casey voluntariamente.

Relacionamento improvável

Câmeras de vigilância e conversas telefônicas gravadas revelaram que Vicky e Casey mantinham um relacionamento romântico secreto e planejavam escapar juntos.

Vicky, descrita por colegas como solitária e emocionalmente vulnerável após a morte do ex-marido e de um noivo em acidentes distintos, parecia ter encontrado em Casey um confidente. 

O documentário, então, lança luz sobre a relação entre funcionária e presidiário por meio de entrevistas com ex-colegas de trabalho de Vicky, detentos que conheciam Casey e investigadores do caso.

Vicky White tabalhou durante 17 anos no local antes da fuga / Crédito: Divulgação/Netflix

Detentos como Tyler Purser descreveram Casey como um homem "charmoso" e manipulado por Vicky. Eles alegam que o casal mantinha encontros íntimos enquanto Casey estava na prisão e que todos já suspeitavam do relacionamento.

Quando a fuga aconteceu, a polícia logo percebeu que não se tratava de um sequestro. Vicky alegou que estava levando Casey para uma avaliação de saúde mental, mas tal consulta nunca foi marcada.

A fuga foi planejada, e Vicky já havia vendido sua casa e se preparado para viver como fugitiva. O casal deixou o presídio em um Ford laranja e o abandonou sete dias depois, quando comprou outro veículo para continuar com sua fuga.

Fim da fuga

A caçada terminou em Evansville, Indiana, quando a polícia localizou Casey e Vicky em um motel. O casal até tentou escapar, mas acabou jogando o carro numa vala. Os airbags do veículo dispararam e Vicky, então, atirou em si mesma. Casey se rendeu e pediu à polícia que verificasse sua companheira.

Casey White foi posteriormente condenado por fuga em primeiro grau e enfrenta uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional até 2081.