Em 2018, o milionário Elon Musk decidiu fazer uma demonstração extravagante de seu novo foguete
O Tesla Roadster é um carro esportivo que funciona à base de eletricidade e foi produzido por uma das companhias de Elon Musk entre 2008 e 2012. Diferente de outros veículos de seu ramo, todavia, o Roadster foi o primeiro a ser enviado para o espaço, num episódio peculiar ocorrido em 2018.
Tudo começou porque Musk, que hoje é mais conhecido por sua outra companhia, a SpaceX, que oferece serviço de transporte espacial, havia desenvolvido um novo produto, e queria divulgá-lo de forma chamativa.
Tratava-se do Falcon Heavy, que é ainda hoje o foguete mais potente da História da humanidade. O ricaço decidiu então matar dois coelhos em uma tacada só, fazendo propaganda também de um dos carros que vendia na Tesla.
Assim, a missão de teste do foguete acabou mandando para fora da Terra uma carga excêntrica: Ela incluiu não apenas o carro elétrico, mas também um boneco vestido de astronauta (apelidado de Starman, ou “Homem das Estrelas”, em tradução livre) posicionado ao volante, e diversos outros itens curiosos.
O lançamento inédito foi transmitido ao vivo para o Youtube, atraindo a atenção de diversos internautas - e também possíveis futuros clientes.
Curiosidades
O sistema de som do Roadster foi programado para tocar infinitamente a música “Space Oddity”, do famoso cantor David Bowie. Inclusive, o próprio nome do boneco astronauta, “Starman”, é em homenagem a outra música do artista.
Outros fragmentos da cultura humana presentes no veículo são um exemplar do clássico livro Mochileiro das Galáxias, e um disco óptico 5D contendo uma versão digital da trilogia Fundação.
Itinerário
Em outubro de 2020, o carro alcançou um marco importante em sua jornada espacial: após 2 anos e 8 meses de viagem, foi anunciado pelo Twitter da SpaceX que ele estava afinal aproximando-se da atmosfera de Marte, um dos planetas mais próximos da Terra, junto a Vênus.
Segundo divulgado pelo Tecmundo, um estudo realizado por cientistas da Universidade de Toronto calculou que a viagem espacial - que não tem itinerário - pode durar cerca de 10 milhões de anos.
Outro detalhe não tão agradável é que, na verdade, o primeiro “carro espacial” da humanidade não tem muita proteção contra os raios ultravioletas do Sol.
Assim, ao longo do tempo, o Roadster terá todos os seus circuitos elétricos fritos e sua cor vermelha vibrante apagada, virando uma simples lata-velha consumida por radiação - um processo que inclusive já deve estar avançado a esse ponto da viagem.
Seu destino é um tanto quanto trágico: uma colisão eventual com algum dos planetas do Sistema Solar. Entre as probabilidades, existe ainda uma chance de 6% do globo atingido ser o nosso.
Todavia, não é preciso se preocupar, uma vez que o carro voador e seu piloto seriam desintegrados pela nossa atmosfera, assim não causando quaisquer danos.
Veja abaixo um vídeo do automóvel em órbita.