A comunidade paleontológica já ficou eufórica diversas vezes com animais antigos descobertos congelados; confira alguns casos!
Publicado em 27/10/2024, às 11h00 - Atualizado às 12h05
Durante investigações paleontológicas em diferentes áreas do globo, não é raro que sejam identificados fósseis e restos mortais de animais que viveram no passado.
Locais como o norte do Canadá, da Rússia ou na Antártida, possibilitam descobertas fascinantes no permafrost — camada de solo permanentemente congelada — de animais do passado em surpreendente estado de conservação, resultado direto do gelo.
Confira a seguir 5 casso em que animais do passado foram encontrados congelados:
Apelidado de Sasha, um bebê rinoceronte-lanoso (Coelodonta antiquitatis) foi encontrado em 2015 numa margem de rio congelada na Sibéria. Este é considerado o primeiro filhote da espécie já encontrado no mundo.
Até hoje, segundo o Live Science, os pesquisadores ainda não puderam afirmar com certeza se o filhote em questão é um macho ou uma fêmea, mas o que se conclui, a partir do tamanho de seu chifre, é que o animal já havia parado de mamar quando morreu.
No leste da Sibéria, em 2017, cientistas desenterraram um exemplar de um filhote de leão-das-cavernas (Panthera spalaea). O animal foi chamado de Esparta pelos pesquisadores, que constataram que ele morreu provavelmente de maneira repentina, num possível deslizamento de terra.
Desde a época da descoberta, os pesquisadores enfatizam o quanto a criatura foi bem preservada com o tempo. Após uma análise de radiocarbono do filhote, foi apontado que ele morreu há aproximadamente 28 mil anos.
Em 2007, exploradores desenterraram, em áreas diferentes da Sibéria, dois filhotes de mamute-lanoso, ambos datados de cerca de 40 mil anos atrás, apelidados de Lyuba e Khroma.
Foi apontado após tomografias computadorizadas que os animais morreram engasgados com lama, após caírem na água.
Um detalhe surpreendente sobre a descoberta é que, quando encontrados, ambos os filhotes pareciam relativamente rechonchudos e saudáveis, antes de morrerem. Inclusive, um deles ainda tinha leite materno não digerido em seu estômago.
Em 2018, no território de Yukon, no Canadá, foi encontrada uma curiosa bola de pelo, garras e membros irreconhecíveis, o que intrigou pesquisadores. Porém, após exames de raios-x, foi descoberto que aquilo era, na verdade, um esquilo que, há 30 mil anos, havia ficado naquela posição para hibernar.
O animal, conforme repercute o Live Science, é um exemplar surpreendentemente bem-preservado de um esquilo terrestre do Ártico (Urocitellus parryii). Vale mencionar que a espécie vive até hoje, e se encontra, justamente, na mesma região em que o espécime mumificado foi achado, no Canadá.
Também no Canadá, em 2016 um grupo de mineradores de ouro descobriu, enquanto escavava o permafrost em Yukon, um espécime de filhote de lobo cinzento (Canis lupus) preservado no solo. Após análises, foi descoberto que o animal se tratava de uma fêmea, que tinha apenas 7 semanas de vida quando morreu.
"Ela é o espécime de lobo mais completo já encontrado da era glacial", disse Julie Meachen, professora associada de Anatomia na Universidade Des Moines em Iowa e autora principal do estudo ao Live Science.
Os pesquisadores sugeriram que ela morreu após sua toca ter desabado, o que não só matou aquele filhote como ainda ajudou na preservação do corpo.
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