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Matérias / Maníaco do Parque

Maníaco do Parque: Veja outros serial killers brasileiros

Do assassino que comeu o coração do próprio pai ao criminoso que bebia o sangue de suas vítimas, conheça outros casos que chocaram o Brasil

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 26/10/2024, às 18h00

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O Maníaco do Parque - Reprodução/vídeo/Youtube/Brasil Urgente
O Maníaco do Parque - Reprodução/vídeo/Youtube/Brasil Urgente

Os crimes de Francisco de Assis Pereira, nos anos 1990, voltaram aos holofotes após o filme 'Maníaco do Parque' estrear no catálogo do Prime Vídeo. Pelo assassinato de sete mulheres, Francisco foi condenado a 285 anos, onze meses e dez dias de prisão. Mas, pode ser solto em breve.

Embora seja um dos casos brasileiros mais emblemáticos, o criminoso que matava suas vítimas no Parque do Estado, na zona sudeste de São Paulo, não é o único serial killer tupiniquim.

Relembre outros cinco casos nacionais:

1. Pedrinho Matador

Pedro Rodrigues Filho ficou conhecido na mídia como 'Pedrinho Matador'. Um dos maiores serial killers do Brasil, Pedrinho alega ter matado 100 pessoas (muitas delas criminosas) — embora sua ficha criminal conte com 71 assassinatos. 

Seu primeiro crime teria sido cometido quando ele tinha 14 anos, quando assassinou o vice-prefeito de sua cidade, alegando que ele havia demitido seu pai injustamente. Na cadeia, Pedrinho Matador chegou a ameaçar de morte o Maníaco do Parque

"Pedrinho Matador" durante entrevista ao podcast - Reprodução/YouTube 

Em 2021, Pedrinho participou do Cometa Podcast, onde revelou ter assassinado seu pai na cadeia e mastigado um pedaço de seu coração. "Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo".

Após os crimes, foi condenado a mais de 100 anos de prisão, no entanto, como a lei brasileira não permite uma pessoa ficar tanto tempo presa, ele foi solto em 2017. Palestrante em igrejas evangélicas, Pedrinho foi assassinado em 2023, na cidade paulista de Mogi das Cruzes. 


2. Corumbá

Em 2004, a russo-israelense Katryn Rakitov desapareceu enquanto visitava a cidade de Pirenópolis (GO). Naquela época, o investigador Robson Feitosa, responsável pelo caso, descobriu que a mulher de 29 anos havia sumido após conversar com um hippie. 

José Vicente Matias,conhecido como Corumbá, que tinha 39 anos na época, foi encontrado pouco tempo depois. Na ocasião, ele carregava a bolsa que pertencia a Katryn. Encurralado, confessou não só o assassinato da turista, mas também de outras cinco vítimas. 

Corumbá atacava sempre da mesma maneira: uma pancada na parte lateral da cabeça — aproveitando qualquer objeto resistente e que estava a seu alcance, como uma pedra, pedaços de tronco de árvores.

José Vicente Matias, conhecido como Corumbá - Divulgação/ TV Mirante (Rede Globo)

Além de desfigurar os rostos de suas vítimas, ele as levava para áreas próximas a lugares com muita água, como praias e cachoeiras. Nas margens desses locais, tirava as roupas dos corpos já sem vida e, muitas vezes, abria os crânios para comer o cérebro delas.  

"Ele dizia que tinha traços de canibalismo. Para tentar se redimir, ou sair fora da gravidade dos crimes que cometeu, dizia ouvir vozes de uma força negativa, do diabo", relembra Feitosa em entrevista ao Aventuras na História em 2021

Em agosto de 2016, José Vicente Matias, o Corumbá, foi levado a júri popular pela morte de Katryn Rakitov e acabou condenado a 25 anos de prisão. Ele também foi condenado em outros dois casos a 23 anos e 22 anos de prisão e aguarda julgamento pelos restantes. 

Corumbá cumpre pena na Penitenciária Odenir Guimarães do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. Atualmente ele tem 58 anos


3. Vampiro de Niterói

Após uma infância traumática, Marcelo Costa de Andrade chegou a morar com seus avós após o divórcio dos pais. Após voltar a conviver com a mãe, fugiu de casa quando tinha pouco mais de 10 anos. 

Na rua, sobreviveu até ser acolhido pela Casa dos Meninos — instituição carioca que cuidava de garotos entre os 6 aos 13 anos. Quando completou 14, Marcelo voltou para as ruas. 

Tudo mudou após a morte de um menino de 6 anos começar a ser investigada em meados de 1991. 

O corpo de Ivan foi encontrado num esgoto vestindo apenas uma bermuda. Descartada a hipótese de afogamento, a autópsia revelou que o menino foi asfixiado e sofreu violação sexual

Marcelo durante as investigações / Crédito: Reprodução/Youtube

Marcelo, ao ser interrogado, confessou a autoria do crime e o assassinato de outras 13 crianças — todas entre 6 e 13 anos — num período de oito meses. O serial killer ganhou tal apelido ao relatar que, no seu segundo assassinato, abriu a cabeça de sua vítima com uma pedra e bebeu seu sangue que escorria

Marcelo não foi julgado por nenhum dos crimes, visto que a Justiça considerou que os crimes foram cometidos por conta de problemas mentais. Segundo o UOL, atualmente ele encontra-se internado por tempo indeterminado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico no Rio de Janeiro.


4. Maníaco de Goiânia 

Em outubro de 2014, Tiago Henrique Gomes da Rocha foi preso após confessar ter assassinado 39 pessoas entre 2011 e aquele ano. Embora a maioria fosse mulher, Tiago dizia que escolhia suas vítimas de forma aleatória, o que incluiu homossexuais e pessoas em situação de rua. 

Segundo Tiago, resgata o UOL, os crimes foram cometidos após ele ser "obrigado por uma força do mal". O criminoso chegou a ser avaliado psicologicamente. Primeiro, uma avaliação constatou que ele tinha traços de psicopatia; depois, peritos confirmaram o diagnóstico, mas relataram que ele poderia ser considerado imputável (responder legalmente) pelos atos. 

Tiago Henrique Gomes da Rocha, o Maníaco de Goiânia - TJGO

Segundo o portal Metrópoles, o Maníaco de Goiânia foi condenado a quase 700 anos de prisão. Há uma década em cárcere, ele pode ser solto em meados de 2044. Hoje com 36 anos, ele está detido numa cela isolada do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.


5. Justiceiro da Zona Sul

Jonas Félix da Silva começou sua onde de crimes em 1986. O Justiceiro, conforme passou a se referenciar, aponta que assumiu tal papel após sua esposa ter sido estuprada durante um assalto

O Justiceiro é acusado de matar pelo menos 50 pessoas, porém, ele só reconhece 34 vítimas, apontando que todas elas seriam criminosas. Jonas também é acusado de cometer uma chacina que deixou cinco mortos. 

Por fim, acabou sendo condenado a 194 anos de prisão. Em 2022, sua defesa alegou que ele já deveria ser solto por cumprir 28 anos de detenção — uma redução em dois anos do limite imposto pela lei por conta de seu trabalho dentro da prisão. No entanto, ele continua detido na Penitenciária de Presidente Bernardes e o término de sua pena está previsto para 12 de março de 2026.

Leia também:Veja as confissões do Maníaco do Parque após a captura