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O comovente poema que D. Pedro II escreveu após a morte do filho: 'Não há conforto'

Em rede social, o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti comoveu internautas ao relembrar um poema escrito por D. Pedro II após a morte de filho

por Thiago Lincolins
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Publicado em 19/07/2024, às 18h23 - Atualizado em 20/07/2024, às 11h50

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O imperador D. Pedro II - Wikimedia Commons
O imperador D. Pedro II - Wikimedia Commons

Através de seu perfil oficial no Instagram, o escritor e pesquisador Paulo Rezzuti comoveu internautas nesta sexta-feira, 19. Em uma publicação, ele relembrou um poema escrito por D. Pedro II, último imperador do Brasil, após a morte de seu filho, D. Pedro Afonso.

O pequeno, que nasceu há 176 anos em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, faleceu ainda criança, em janeiro de 1850. Paulo, que é autor da biografia "D. Pedro II – A história não contada: O último imperador do Novo Mundo revelado por cartas e documentos inéditos", explica que os familiares esperavam que o herdeiro do trono se recuperasse de "um ataque de epilepsia e de febres que vinha sofrendo". Infelizmente, não aconteceu. 

A morte de Pedro Afonso foi um baque para o imperador, que havia deixado a Imperial Fazenda de Santa Cruz, na qual a família se encontrava, para comemorar o Dia do Fico na corte.

Longe do filho no momento do óbito, ele pediu que trouxessem suas filhas. Abalada, a imperatriz Teresa Cristina jamais retornou a propriedade.

Poema emocionante

Rezzutti também compartilhou com os seus seguidores um poema escrito pelo filho de D. Pedro I após sofrer a perda familiar. 

"Duas vezes a morte hei sofrido, Pois morre o pai com seu filho morto; Para tamanha dor não há conforto, Dilui-se em pranto o coração partido!

Para que ninguém ouça o meu gemido, Encerro-me na sombra do meu horto, Entregue ao pranto, no sofrer absorto, Querendo ver se vejo o bem perdido!...

Brota a saudade onde a esperança finda; Sinto n’alma ecoar dobres de sino!...

Só a resignação me resta ainda.

Coube-me o mais funesto dos destinos: Vi-me sem Pai, sem Mãe, na infância linda,

E morrem-me os filhos pequeninos."

A publicação comoveu internautas. "Muito emocionante o poema D Pedro II! Faz-mos sentir a tristeza da alma do Imperador", comentou uma internauta. "Que poema lindo de D. Pedro II! eu nem sabia que ele TAMBÉM era poeta!", escreveu outra conta.