O experimento ocorre durante um período em que os Estados Unidos debatem suas regulamentações a respeito do porte de armas
Em uma universidade do estado norte-americano de Michigan, uma equipe de pesquisadores usou um material que simulava o corpo humano para analisar os efeitos de um disparo de um rifle de assalto, como o AR-15.
Recentemente, os Estados Unidos foram marcados por uma série de episódios de violência armada que deixaram dezenas de vítimas, reacordando o debate nacional a respeito do porte de armas, que é legalizado no país.
Em uma das chacinas mais recentes, ocorrida em uma escola primária do Texas, o atirador usou justamente a AR-15, conhecida por sua tecnologia similar à militar, que melhora a eficiência dos disparos, atirando mais vezes em menos tempo. Nas mãos de alguém com más intenções, a arma tirou as vidas de 19 crianças e 2 professoras.
É neste contexto que os especialistas da Wayne State University criaram um bloco de gelatina e outros materiais capazes de recriarem os tecidos moles de um corpo humano, e o balearam usando diferentes armas de fogo.
Foram observadas diferenças massivas entre os danos causados pela bala disparada por uma pistola, e aquela atirada por uma espingarda de assalto, que criaria uma "explosão dentro do corpo".
A natureza semiautomática dessas armas, das quais a AR-15 é um exemplo, permite que, quando o gatilho é apertado de forma contínua, vários projéteis sejam liberados de uma vez só, favorecendo aqueles que tem a intenção de realizar assassinatos em massa.
Não é por acaso, dessa forma, que diversos criminosos perpetradores de massacres escolheram rifles desse tipo para empreender seus atos de violência.
Confira abaixo um vídeo mostrando o experimento dos cientistas.