Ashraf Ghani foi motivado a deixar o país pelo grupo extremista Talibã, que tomou o palácio presidencial na capital do país
Em seu perfil no Twitter, o ministro da Defesa do Afeganistão, Bismillah Mohammadi, fez uma declaração em que afirmava que o presidente do país, Ashraf Ghani, “vendeu a nação”. As informações são do UOL.
Ele escreveu em suas redes sociais: "Eles amarraram nossas mãos nas costas e venderam a pátria, maldito homem rico e sua gangue".
Pouco antes da afirmação, Ghani havia deixado o país, motivado pela invasão do grupo extremista Talibã à capital do Afeganistão, Cabul. A fuga foi revelada por um ex-guarda do presidente ao Al Jazeera.
دست ما را از پشت بستند و وطن را فروختند لعنت به غنی و دار دسته اش.
— General Bismillah Mohammadi (@Muham_madi1) August 15, 2021
O mandatário explicou que a decisão foi tomada porque a capital poderia ser tomada pelo caos numa possível recusa, visto que “incontáveis patriotas seriam martirizados e a cidade de Cabul seria destruída”.
"O Talibã venceu... E agora é responsável pela honra, propriedade e autopreservação de seus compatriotas", afirmam no comunicado divulgado através de sua conta no Facebook.
Como informa o UOL, o Talibã agora tem controle de Cabul, domínio que conseguiu restabelecer 20 anos após a entrada das tropas estadunidenses no território, tendo agora o "controle do palácio presidencial afegão", de acordo com a Reuters.
Embora a decisão tenha sido tomada pela unidade próxima do presidente, o general Mohammadi havia declarado antes da fuga do político que a segurança da capital estava “garantida” e que as Forças de Defesa e Segurança estavam “comprometidas com seu compromisso” em defendê-la.
“Forças internacionais prontas para qualquer cooperação", afirmou ainda Mohammadi.