Em audiência da Guarda Costeira dos EUA, engenheiro relatou que casco de fibra de carbono recuperado do Titan apresentava falhas como "ondulações e rugas"
Durante audiência da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que investiga a implosão catastrófica do submarino Titan, no ano passado, o engenheiro do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, Don Kramer, relatou que um pedaço do casco recuperado após a tragédia tinha "anomalias".
+ Titan: Vídeo mostra momento exato em que destroços do submarino são encontrados
Conforme explicou Kramer, especialistas avaliaram o material, feito de fibra de carbono, que estava no fundo do mar e encontraram falhas como "ondulações e rugas dentro das camadas do casco" e também buracos na fibra da carcaça.
Segundo o especialista, conforme repercutido pelo UOL, o pedaço do casco que foi recuperado também apresentava "características consistentes com danos por fricção em uma das juntas adesivas".
O engenheiro do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, porém, não deu seu parecer sobre a possibilidade das anomalias já estarem no submarino da OceanGate antes da tragédia — ou se elas foram causadas pela implosão.
Anteriormente, conforme repercutido pela equipe do site do Aventuras, Roy Thomas, engenheiro sênior principal do American Bureau of Shipping, já havia prestado depoimento contestando a qualidade dos materiais de fibra de carbono usados na construção do casco do Titan. Ele relatou que a OceanGate procurou driblar órgãos reguladores para não passar por diversas avaliações que serviriam para garantir a segurança do veículo submersível.