Forças militares do Congo informaram que os agressores assassinaram as pessoas utilizando 'armas brancas'
Na última quarta-feira, 8, um grupo radical muçulmano realizou um ataque nas vilas de Mukondi e Mausa, na República Democrática do Congo, que deixou ao menos 36 vítimas, sendo crianças, homens, mulheres e idosos, e dezenas de feridos. Em entrevista, um porta-voz do Exército afirmou: “A aldeia de Mukondi foi completamente queimada”.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, em nota, autoridades locais atribuíram a ação às Forças Aliadas Democráticas (ADF), grupo armado de Uganda que frequentemente executa uma série de assaltos nas regiões africanas.
Conforme noticiado pela agência AFP, Anthony Mualushayi, membro das forças militares do Congo, detalhou que os terroristas, como são classificados pelos EUA, entraram nas comunidades “sem fazer barulho” e assassinaram as pessoas utilizando “armas brancas”.
A ADF teve sua origem no oeste de Uganda, no ano de 1996. Posteriormente, de acordo com relatórios oficiais da ONU (Organização das Nações Unidas), o grupo, que uma vez declarou fidelidade ao Estado Islâmico, foi responsável pela morte de mais de 850 pessoas, ao longo dos combates em 2020, e movimentou diversas atividades rebeldes em 2021.
Dados da ONU também revelam que os embates armados agravaram as problemáticas sociais, como o aumento nos níveis de fome e o desalojamento de congoleses.